Quando se fala em teledramaturgia brasileira um dos primeiros nomes que nos vem à cabeça é o de Gilberto Braga. Autor de dezenas de novelas memoráveis, podemos dizer que a sua própria história também daria uma novela: tragédias familiares, ascensão social, superações na vida profissional e pessoal.
Em Gilberto Braga: O Balzac da Globo , (Ed. Intrinseca), os autores Artur Xexéo e Mauricio Stycer, mostram como o Balzac da Globo ― comparação justificada pelo fato de fazer do dinheiro, da ambição e da vingança os objetos centrais de suas obras ― revolucionou os folhetins, trazendo temas importantes e tratados, muitas vezes, de forma inédita.
Fruto de extensa pesquisa dos autores, o livro narra toda a vida de Gilberto, desde a infância com a família na Tijuca, a juventude na Zona Sul do Rio de Janeiro, a paixão pelo cinema, os primeiros trabalhos como professor da Aliança Francesa e crítico de teatro do jornal O Globo, o convite de Daniel Filho para iniciar a carreira na TV, os primeiros casos especiais, todas as novelas e minisséries escritas por ele e as dificuldades pessoais que enfrentou ao longo das décadas, até seu falecimento, em 2021.
Gilberto Braga estreou no horário nobre das oito, na Rede Globo, em 1978, com a novela Dancin’ Days tornando-se um dos principais novelistas do país. A partir daí escreveu outros tantos folhetins inesquecíveis como Vale Tudo , 1988, escrita com Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, que parou o Brasil com o mistério do assassinato de Odete Roitman, além de Paraíso Tropical , 2007, que foi indicado ao Emmy Internacional de melhor novela.
A obra é um trabalho completo, que mostra por que o autor merece estar entre os nomes que mudaram a trajetória das novelas no Brasil.
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