A roteirista e colunista Renata Corrêa acaba de lançar “Monumento para a mulher desconhecida – Ensaios íntimos sobre o feminino” (Editora Rocco), uma coletânea de ensaios, artigos e impressões pessoais, onde a autora mergulha profundamente na experiência feminina no século XXI: saúde mental, relacionamentos, maternidade, aborto e machismo são alguns dos temas abordados sem tabu.
“Este livro é um exercício de honestidade radical, no qual trago reflexões sobre o feminismo, mas também histórias autobiográficas e íntimas. Acredito que a experiência de uma mulher, quando verbalizada, pode iluminar pontos cegos que nos impedem de enxergar com clareza as dores que sofremos e o fato de que elas não têm origem em nós. Muitas vezes têm origem na maneira como somos tratadas, subestimadas e silenciadas”, explica Renata.
A autora provoca importantes reflexões e trata de temas muitas vezes espinhosos, mas seu objetivo é lembrar mulheres de que suas escolhas, sejam elas pessoais ou profissionais, não são decisões egoístas. “Queria eu que em cada grande cidade, em sua praça principal, existisse um monumento para a mulher desconhecida. Aquela que lutou batalhas que jamais saberemos, mas que, com suas mãos invisíveis, nos trouxe até aqui, com pequenas resistências”, diz.
Renata é roteirista de programas que têm foco no humor e no protagonismo feminino, como “Mulheres fantásticas” (Globo) e “Perrengue” (MTV). Também é autora da peça “A fábrica de cachorros”, que investiga estupro dentro das relações de afeto, e do documentário “Clandestinas”, sobre aborto no Brasil.
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