Por meio de um comunicado à imprensa, Carlinhos Brown
manifestou o seu pesar pelo falecimento de Gal Costa, aos 77 anos, nesta quarta-feira (9),
em São Paulo. Mais do que isso, o artista baiano, que se vê como um educador musical — papel que desempenha não só no Candeal, mas também na televisão, como técnico do programa "The Voice Brasil", da Globo
—, fez questão de enaltecer as qualidades da amiga e de lhe agradecer por todas as oportunidades concedidas.
"O canto de Gal é cura, mas também é curadoria de toda a expressão da música popular brasileira. Seu repertório consistente é uma enciclopédia de ensinamentos sobre a poética e de como aplicá-la aos ouvidos das famílias de todo mundo. Posso afirmar que Gal não experimentou, e sim teve certeza de tudo que fez, reidentificando a MPB", começou relatando.
Em outro trecho, o compositor, cantor e multi-instrumentista
lembrou a importância da dona dos clássicos "Baby" e "Chuva de Prata" na Tropicália e falou que o legado dela
não foi só apenas na indústria do entretenimento, como também na história do Brasil: "Protagonizou e incentivou um líder social como Wally Salomão a estar entre nós. A tropicalista doce e bárbara Gal Costa
tatuou com suavidade sua voz em nossas almas. Voz essa que é urgentemente identificável".
Depois, ao deixar um "viva a Gal" e um "muito obrigado por tudo", o fundador da Timbalada comentou que a notícia o pegou de surpresa. "Mas, como diz seu verso: 'É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte'. Ela arrasou, é 'mizeravona' como falamos aqui para os grandes. Não aceitamos este passar tão repentino, e tanto não aceitamos que é o eco da eternidade que escutamos agora".