Andrea Baptista ficou conhecida do grande público ao integrar a primeira edição do "No Limite" , até então comandado por Zeca Camargo , protagonizando algumas brigas, desentendimentos e, principalmente, uma das cenas mais icônicas do reality show de sobrevivência: comer sete olhos de cabra durante uma das provas. Mas, como fez questão de ressaltar, a sua história de superação vai além do que foi mostrado pela Globo.
Em contato com o iG Gente , a advogada, que acaba de completar cinquenta anos e é mãe do João, de quinze, contou que enfrenta diariamente o desafio de encarar os tribunais em defesa do direito do consumidor e, a cada degrau alcançado, comemora com muito fervor. Com tudo em cima, ela também tem compartilhado a sua rotina de treinos, que inclui musculação, muay thai e jiu-jítsu, nas redes sociais. Confira aqui!
1. Você ganhou fama durante a participação em "No Limite". O que isso lhe trouxe de bom e de ruim?
Esse programa foi um divisor de águas em minha vida. Antes, era uma menina de família humilde, formada em direito. Depois, procurei me firmar na carreira, porque o programa alcançou muito sucesso, e todos me conheciam. Nos três primeiros anos, fiz muitas capas de revistas, alguns comerciais, a "Playboy" e, quando foi amornando, preferi ser advogada, pois já tinha um diferencial e, consequentemente, prestígio para seguir por esse caminho.
2. De que mais se recorda quando vê a nova temporada de "No Limite"?
Ah, é incrível! Me sinto literalmente lá (risos). Acho que me remeto às aventuras, à fome, à constante busca de ganhar, vencer, mudar minha vida. Nossa, tantas sensações, mas todas ótimas! Até dos perrengues tenho boas lembranças!
3. Na época, você posou para a "Playboy", assim como várias musas. Como investiu o que ganhou?
Realizando o típico sonho das pessoas de origem humilde: comprando uma casa incrível num bairro onde poderia estar, sem gastar todo o dinheiro. Também ganhei um carro no Faustão e fiz bons negócios.
4. Sua especialidade é direito do consumidor. Seus clientes a identificam assim que a contratam?
Sim, sou advogada consumerista. Gosto de lidar com o público. É um ramo que tem início, meio e fim, visto que não aguento nada que dure muito tempo (risos). Só não é filantrópico porque ganho bem com isso, mas é prazeroso demais ajudar e cuidar do direito dos outros. Me reconhecem, sim, mas não na minha área de formação. Na carreira, existe uma "distância", um "olhar" diferente em lugares informais.
5. Como é o seu dia a dia longe dos holofotes?
Sou a mulher maravilha, mas não contem a ninguém (risos). Vivo no 220w e só paro se eu dormir. É aquela vida parisiense: lavo, cozinho, arrumo a casa, advogo, malho, luto jiu-jítsu e muay thai, cuido do meu filho, dou aula, namoro, às vezes, e guardo meu avião invisível na garagem (risos).
Você viu?
6. Tem desejo de entrar para a carreira artística de alguma forma?
Sim, amo o público, pois ele me faz viver! Adoro ser útil, às vezes, séria, outras vezes, palhaça, mas sempre com inteligência. Acho que seria uma boa comentarista, apresentadora ou algo do gênero!
7. Você está muito bem para sua idade. Qual o segredo dessa boa forma?
Nunca pensei que diria isso, mas, sendo bem clichê, não me sinto aos cinquenta... É muito fod*, porque meu corpo, minha cabeça e minha evolução como ser humano estão incríveis. O cabelo branco já incomoda, mas resolvo, gosto de pintar e ponto. Acho que a genética auxilia, já que, em tempos de luta por igualdade, ser "cabocla" (mãe loira e pai índio) me ajudou bastante!
8. Como é a Andrea, mãe de adolescente?
Já fui um porre, não entendi a adolescência do meu mais velho, não soube lidar. Fiquei perdida, achava que tinha que ser perfeito, que daria certo. Era parceira, moleca, apaixonada. Parecíamos mais irmãos, e ele se foi, virou estrelinha. Então, com meu caçula, sou mais matriarca, cuidadora, brinco, porém mantenho distância do elo "mãe e filho". No entanto, presto atenção em tudo. Tenho me preocupado mais, mas meu João é um menino doce e calmo, que me equilibra.
9. Se fosse chamada para algum novo reality hoje, participaria? De qual?
Ah, certamente! O que queria real era o "Grand Hermano", porque não estou morta e amo a Europa (risos). Mas aceitaria o "Big Brother Brasil" ou "A "Fazenda", sim (risos).
10. E qual é o seu limite na vida?
Viver. Sigo um dia de cada vez. A saudade mata, a depressão também, então as mantenho afastadas de mim, com muita fé e lembranças de amor. Medos? Não tenho, mas não gosto de altura!