A apresentadora detalhou sua luta contra o vício em cigarro e café
Reprodução/Globo
A apresentadora detalhou sua luta contra o vício em cigarro e café

Na última segunda-feira (29), Ana Maria Braga participou do Conversa com Bial, na Globo, e revelou mais detalhes de sua luta para abandonar o vício em cigarro e café. A apresentadora admitiu que continuou fumando mesmo quando teve câncer no pulmão e só interrompeu o uso após ter um problema na circulação sanguínea.

"Era um tumor no cérebro. Eu já tinha passado lá atrás pelo câncer que ocasionou esse pequeno tumor no cérebro. Na época, eu não tinha noção real do que significava. Acho que tinha 30% [de chance]. Eu aprendi que a gente precisa acreditar no tratamento (...) Tinha que ter uma calma, se eu não tiver calma dentro de mim... Não adianta me desesperar. Posso morrer até hoje, como todos nós", explicou.

Em 1991, Ana Maria Braga foi diagnosticada com câncer de pele e, dez anos depois, com um tumor na virilha. Em 2015, sofreu com um tumor no pulmão e, após cinco anos, com mais um câncer de pulmão.


"É tão bom fumar, é verdade. Ele [Bial] fumou também. Eu não criei vergonha na cara. Eu, na verdade, comecei a ter problemas. Eu tive câncer de pulmão e não parei de fumar lá atrás. Já tinha tido outros cânceres. De repente, eu comecei a sentir... Eu gosto muito de andar, e começou a me doer a perna, uma dor lancinante. Parecia que faltava oxigênio, circulação", admitiu.

"Eu estava com as veias entupidas. Tudo por causa do cigarro. Coloquei três stents nas duas pernas e, depois de oito meses, um deles entupiu... E eu ainda não tinha parado de fumar. Um deles entupiu, eu voltei lá em novembro do ano passado, desentupiu, trocou. Eu tinha parado, voltei escondido. Eu fugia (...) Depois desse entupimento do stent, eu sai da cirurgia e falei que nunca mais. Eu parei de tomar o café, coisa que eu adoro, mas o café era meu start. Tomava café e precisava fumar. E para fumar precisava do café. Eu troquei pela água. Hoje eu tomo muita água", concluiu.

Morte de Tom Veiga

Durante a entrevista, Ana Maria Braga comentou sobre o luto após a morte de Tom Veiga, responsável por dar vida a Louro José. O programa ainda transmitiu o Mais Você de 2 de novembro de 2020, quando fizeram uma homenagem ao personagem.

"Você cogitou não trabalhar neste dia? Ou encarou isso como uma missão?", perguntou Pedro Bial. "Esse período foi no meio da pandemia. Ali a gente tava na cozinha da minha casa. A gente passou a transmitir o programa de lá. Não tinha como eu não falar [sobre ele]. Eu ia chegar no outro dia e falar 'o Tom morreu ontem'? (...) Foi uma coisa assim que, para mim, não tem explicação até hoje. Era filho... Ele foi escolhido, eu tava na Record ainda. Ele foi criado de uma necessidade de conversar com o público infantil, que eu vinha de uma programação infantil", esclareceu.

"Depois ele ganhou vida própria, personalidade própria", pontuou o apresentador. "Depois que pegou o gosto, a partir daí a gente desenvolveu uma sintonia que eu diria que nunca tive com ninguém (...) Eu fiquei um ano pensando, mas o show tem que continuar. Eu sentia que... Falei 'não vai ter ninguém'. Eu não acreditava mesmo que eu conseguisse. Parecia que a gente estava invadindo uma coisa sagrada, um universo dele", concordou a comunicadora. 

"Eu pedi licença, rezei, mandei fazer uma missa, conversei, sonhei muito com ele [Tom]. Aí passado um tempo, quase dois anos, eu falei chegou a hora de a gente continuar. E o Fábio [Caniatto], que tá agora, é um menino excepcional. A vida é tão generosa comigo", concluiu.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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