Na última segunda-feira (22), Ana Paula Renault publicou um vídeo no Instagram celebrando sua primeira vitória em um processo judicial por danos morais movido por Sikêra Jr. O apresentador travou uma batalha contra a ex-BBB ao informar que foi vítima de danos morais.
O processo corre na 7ª Comarca de Manaus e ainda cabe recurso. Sikêra Jr ressaltou que as ofensas da jornalista foram publicadas nas redes sociais e em programas de televisão. Em 2021, Ana Paula Renault participou do quadro Pra Quem Você Tira o Chapéu, do Programa Raul Gil, no SBT, e informou que não abaixaria a cabeça para Sikêra Jr. por conta das opiniões polêmicas e matérias sensacionalistas exibidas no extinto Alerta Nacional.
Pouco depois, o apresentador comemorou a demissão da ex-BBB do SBT e ressaltou que ela deveria "dobrar os joelhos". No processo, a magistrada rejeitou a ação ao entender que a ré exerceu o direito à liberdade de expressão e opinião e que utilizou "palavras duras e incisivas em decorrência do agir do próprio requerente, que também expõe a própria opinião nas redes sociais" e que o caso "não extrapolou o direito constitucionalmente estabelecido de opinião".
Nas redes sociais, Ana Paula Renault comemorou a vitória. "Sikêra Júnior me processou e perdeu. Essa vitória é nossa e toda a comunidade LGBTQIAPN+", escreveu na legenda.
"O Sikêra Júnior me processou e perdeu. Em 2021, eu participei do quadro Tirando o Chapéu no Programa do Raul Gil, em que eu pegava os chapéus com os nomes e eu dizia se tirava ou não para aquela pessoa. Ao sair o nome do Sikêra Júnior, eu disse que não tirava o chapéu para ele por conta de suas diversas falas, problemáticas, insultos da comunidade LGBTQIAPN+. Um tempo antes, ele chegou a dizer que eles eram uma raça desgraçada. Eu não poderia tirar o chapéu para alguém que fala uma atrocidade dessa. Eu critiquei o Sikêra por tentar inferiorizar e marginalizar ainda mais a comunidade e é um grande desserviço, principalmente por ser uma pessoa pública e que tinha grande audiência. As palavras geram atitudes e todos que têm espaço público na TV devem ter responsabilidade pelo que dizem, sobretudo no nosso país, no Brasil, em que as pessoas homoafetivas são constantemente violentadas e mortas", disparou.
"E como tentativa de me calar e amedrontar também as outras pessoas que criticavam o Sikêra, ele entrou com um processo contra mim, pedindo uma indenização por danos morais de R$ 44 mil. Gente, um processo sem fundamento nenhum. O que ele fez é uma violência jurídica e uma manipulação do judiciário como forma de silenciar e perseguir os opositores. Logo ele, que faz parte daquele grupo de pretensos defensores da liberdade de expressão. Vocês sabem bem do que eu estou falando", acrescentou.
"Felizmente, a justiça foi feita e ele perdeu o processo em primeira instância. Ainda cabe recurso. Mas será que o Sikêra terá coragem de se expor a duas derrotas? Não adianta me perseguir, não adianta tentar me intimidar com o processo, pois eu não vou me calar. Inclusive, estou até hoje esperando o processo que o Nicolas Ferreira disse que entraria contra mim, depois de eu questionar publicamente pela falta de decoro parlamentar ao cometer o crime de transfobia em discurso no plenário da Câmara dos Deputados. Enfim, Sikêra Júnior tentou usar o processo judicial para me intimidar, mas agora ele tem a resposta que merece com essa derrota. Gente, está liberado chamar homofóbico de homofóbico. E eu tenho que agradecer muito o meu advogado, o doutor Roberto Montanari, que sem ele me dando, não só apoio jurídico, mas também emocional durante todo esse processo, eu não sei o que seria de mim. É isso, então dá nome a esses crimes, chamar o homofóbico de homofóbico, racista, de racista, machista, de machista e só dessa forma que a gente vai conseguir transformar o mundo que a gente vive num lugar melhor e mais seguro para todos vivermos", concluiu.
*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko