Gabriel Costa, filho de Gal Costa, entra em guerra com Wilma Petrillo
Reprodução/Globo
Gabriel Costa, filho de Gal Costa, entra em guerra com Wilma Petrillo


A batalha judicial entre Gabriel Costa e Wilma Petrillo ganhou novos contornos sombrios desde que o Fantástico expôs, no último domingo (31), a guerra entre o filho e a ex-empresária da cantora Gal Costa. E esta modesta coluna acaba de ter acesso ao processo completo e um detalhe chamou a atenção: o jovem acusa a ex de sua mãe de tê-lo envenenado com o uso de remédios controlados e de sofrer constantes ameaças.


Na ação, protocolada em 31 de janeiro, Gabriel diz que era obrigado por Wilma a tomar remédios controlados que o fizeram ter um abalo psicológico, perder a noção da realidade e até mesmo seu poder de cognição. E ele afirma que foi neste período em que esteve "envenenado" que a empresária o forçou a assinar documentos e escrever cartas de próprio punho dando à ex-companheira de sua mãe vantagens na herança.

"Desde o falecimento da de cujus, o requerente foi submetido por Wilma Teodoro Petrillo a ingerir medicamentos de receita controlada que lhes eram por esta fornecidos, tendo ingressado em estado de tamanho abalo psicológico que teve sua capacidade cognitiva severamente reduzida, além de ter interrompido as atividades escolares", diz a defesa do jovem.

Esta argumentação se dá porque Gabriel escreveu de próprio punho uma carta, em julho de 2023, poucos dias após completar 18 anos de idade, na qual ele declarava que Gal e Wilma tinham um relacionamento estável e duradouro, e que ele considerava ambas como mãe. A carta em questão foi fundamental para que a Justiça atribuísse à Wilma os poderes de gerenciar o espólio da cantora, bem como de ser a tutora legal do órfão.


“Eu, Gabriel Penna Burgos Costa, brasileiro, maior, solteiro, portador de cédula de identidade XXX, inscrito no CPF/MF sob o n. XXX, residente e domiciliado nesta capital, na Rua XXX, declaro que Wilma Teodoro Petrillo e Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa constituíram relacionamento contínuo, duradouro e público, como se casadas fossem, não havendo, de minha parte, nenhuma objeção quanto ao reconhecimento de referida união. Por oportuno, reitero minha declaração emitida nos autos do processo n. XXX, em que expressamente informei conviver com ambas, desde que era pequeno, considerando como se minhas mães fossem", escreveu ele. A coluna optou por omitir os dados pessoais inscritos na carta.

Agora, o que Gabriel diz é que estava envenenado e dopado quando escreveu a carta, e ele pede a anulação desta declaração. Gabriel ainda afirma que Wilma havia entregue a ele um texto pronto, e que ele teve que copiar de próprio punho, para que fosse anexado ao processo.

"Foi neste cenário, de profundo abalo físico e emocional, que o requerente que, ressalta-se, à época, habitava a mesma residência que Wilma, foi constrangido por esta a redigir o documento acima transcrito a respeito da suposta união estável, tendo sido o texto manufaturado pelo patrono de Wilma e copiado à mão pelo requerente, que não concorda com seu conteúdo", diz a defesa do jovem.

"Por esta razão, o herdeiro vem, por meio desta petição, informar ao juízo que, desde sua tenra idade, depois de adotado pela de cujus, não presenciou, durante toda a sua convivência com sua mãe, qualquer indicativo de que a de cujus e Wilma se relacionavam como se casadas fossem. Deste modo, não reconhece que sua mãe e a ora inventariante mantiveram qualquer relacionamento que se equipare a união estável, durante seu tempo de vida e convivência com ambas, apesar de não descartar a possibilidade de que um relacionamento amoroso tenha ocorrido antes de sua adoção pela de cujus", completa a defesa.

Os advogados de Gabriel ainda alegam que ele passou a se consultar com profissionais médicos de sua confiança assim que completou 18 anos, e passou a ter uma melhora gradativa em seu estado psíquico quando ele deixou de consumir os remédios que Wilma o obrigava a ingerir.

"Como efeito, o requerente passou a ter melhor entendimento dos fatos que se desenrolaram desde a morte de sua mãe, “tomou as rédeas” de sua própria vida, retornou à vida escolar, já tendo se matriculado, com ajuda de amigos, em nova escola para cursar o ano letivo de 2024, a fim de completar o 3º (terceiro) ano do ensino médio, e já se alistou no serviço militar, emancipando-se, definitivamente, do domínio emocional exercido por Wilma", afirmam os advogados do filho de Gal Costa.

No processo, Gabriel pede que a carta escrita por ele sob o efeito de remédios seja desconsiderada pela Justiça e, consequentemente, a revogação da declaração que reconheceu o vínculo de união estável entre Gal e Wilma. Além disso, pede para ser ouvido novamente pelo juiz responsável pelo caso, agora na condição de maior de idade e constituído de equipe jurídica.

Entre as provas anexadas ao processo, Gabriel colocou comprovantes de idas ao hospital e consultas com médicos, além de trocas de mensagens com Wilma por WhatsApp, nas quais há um tom bélico e até mesmo xingamento por parte da empresária ao jovem.

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