O narrador comentou sobre sua saída da emissora
Reprodução/Globo/Daniela Toviansky
O narrador comentou sobre sua saída da emissora

Cléber Machado foi pego de surpresa com sua demissão da Globo, em março deste ano. Sua saída foi seguida da notícia do rompimento de contrato entre a emissora e o também narrador, Galvão Bueno, o que causou ainda mais estranhamento entre o público assíduo da Globo. Entretanto, mesmo com o susto, o apresentador não se deixou levar. "Não fui para baixo da coberta ficar no escuro, só porque saí da empresa que trabalhei 40 e tantos anos", admitiu.

À Veja, o narrador relembrou como foi sua saída da Globo: "Na minha cabeça, se fosse eu o dono (da TV Globo), não teria ficado sem os dois narra dores simultaneamente (eu e Galvão Bueno). Galvão foi para a Globo em 1981, saiu em 92, voltou em 93. Tinha 40 anos de Globo. Eu cheguei na Globo em 88, fui trabalhar na TV de São José dos Campos.  Já tinha seis anos de sistema Globo de rádio. Fiquei 35 anos na TV e seis no rádio. É natural, pelo tamanho e repercussão da empresa, que quem fica tanto tempo lá acaba sendo identificado pelo público. Muitas vezes chegavam para mim e falavam: 'nunca esqueci tal jogo, tal frase, tal narração'".

Apesar disso, Cléber Machado lidou bem, de certa forma, com a demissão da emissora, onde trabalhou por 35 anos. "Não chorei uma lágrima (quando soube do desligamento). Não fui para baixo da coberta ficar no escuro, só porque saí da empresa que trabalhei 40 e tantos anos", explicou.

"A questão da surpresa é porque, no final do ano passado, quando saiu a escala da Copa (de 2022), eu ia ficar no Brasil. Beleza, acontece. Isso é uma questão de orçamento, quem escala, sei lá... Mas tratei de perguntar qual era a ideia para o ano seguinte. Ouvi: 'Está tudo certo'. E de fato, teve o campeonato mundial de clubes. Fiz um Palmeiras e Flamengo em Brasília, que foi a Supercopa Brasileira. Aconteceu o falecimento do Pelé, participei da cobertura. Lá pelo mês de março começou um zumzumzum de corredor: 'Parece que vão precisar fazer uma adequação'. Senti um clima meio estranho.  Quero crer que foi uma questão de número, porque foi o que me disseram. Poderia ser diferente? Poderia. Poderiam ter feito outra proposta? Poderiam. 'Você está ganhando muito, vamos ver se a gente consegue arrumar'. Mas isso não é simples", acrescentou.

Além disso, o apresentador relembrou sua passagem pelo SBT e Record.  "O Prime Video tinha um acerto junto com as finais do campeonato paulista na Record. Quando acabou o campeonato, tivemos conversas com a Record, com possibilidade de estender o compromisso. Num primeiro momento as conversas esfriaram. Quando o SBT entrou em contato, a Record também voltou a procurar. Fiquei na dúvida, são duas redes grandes, com a programação já bem definida", afirmou.

"Os eventos que o SBT tem (direito de transmissão) acabaram pesando. A Copa Sul-Americana, que começou em fevereiro e terminou agora; e a Liga dos Campeões, que começa em agosto e termina em junho do ano seguinte. Além disso, me ofereceram para fazer o programa Arena SBT, toda segunda-feira à noite", disse.

Atualmente, Cléber Machado trabalha na empresa de Silvio Santos e inclusive comentou sobre sua relação com o chefe. "Nunca conversei com ele. Adoraria! Nunca tinha ido para o lado interno (dos estúdios), fui duas vezes para jogar bola. O espaço é muito bacana, grande. Outro dia recebi uma mensagem no Instagram de  um perfil do (suposto) Silvio Santos: 'Parabéns, muito feliz'. Eu olhei, falei 'Humm'. Fui ver o número de seguidores e pensei: 'Isso não está parecendo conta com selinho azul' [risos] Depois perguntei lá e soube que era ele'', relembrou.

Por fim, o narrador relembrou algumas polêmicas envolvendo seu nome, como gafes no esporte e últimos acontecimentos envolvendo Neymar. "Uma vez 'fiz' Rubinho (Barrichello) ultrapassar um cara, mas ele estava ultrapassando um retardatário. Falei, empolgado: 'Rubinho Barrichello passa fulano'. Aí o cara entrou no fone:  'Porra, é o retardatário'. Tirei o fone, fiquei bravo. Depois que fiz a bobagem vem me dar esporro? Errei. (…) Na final da Libertadores, errei um gol. Achei que a bola tinha entrado, foi para fora", contou.

"Não tenho intimidade com o Neymar para saber se o que ele faz quando não está jogando, prejudica seu desempenho no jogo. Acho que as lesões que ele sofreu nos últimos tempos… uma lesão muscular é uma fatalidade, duas é preocupante. O cara começa a se machucar, você pensa, talvez ele esteja com algum outro problema. Ele teve que operar o tornozelo, o joelho, não sei se tem a ver com a vida do cara.  Acho cruel fazer isso. Agora no campo, o Neymar já jogou muito mais do que tem jogado. O motivo disso é difícil de diagnosticar", garantiu.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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