A mãe da ex-BBB relembrou o inicio de seu tratamento
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A mãe da ex-BBB relembrou o inicio de seu tratamento

A ex-BBB Eva de Mello, mãe da apresentadora Ana Clara Lima, viveu uma série de momentos de aflição no último ano. Durante um autoexame, a ativista ambiental sentiu um nódulo na mama esquerda, e foi posteriormente diagnosticada com câncer de mama.

A ex-participante do reality show recebeu o diagnóstico em outubro de 2020, e no mês seguinte foi submetida a uma cirurgia para a retirada do tumor. Já em janeiro de 2023, Eva precisou passar por outra operação, e entre maio e março se submeteu a 12 sessões de quimioterapia.

Durante todo esse período, quem a acompanhou no tratamento foi a filha Ana Clara, além de uma pequena rede de apoio, escolhida a dedo por ela, que optou por não revelar o diagnóstico para a família e para a imprensa em um primeiro momento.

Em entrevista à Quem, a ativista ambiental expôs mais detalhes do tumor maligno: "Sempre tive cuidado com minha saúde. Fazia exames anualmente porque tenho histórico de câncer de mama na família. Em 2011 minha mãe teve câncer de mama, aos 81 anos. E minha irmã também teve, aos 54. Quando completou um ano de eu fazer o exame, que é sempre no início de cada ano, atrasei um pouco. Mas aí senti, durante um autoexame, um nódulo na lateral da mama esquerda e, como tinha uma consulta em uma médica, nem era a minha mastologista, expliquei para ela a situação e para não perder tempo e ter que agendar com a mastologista os exames, ela já me deu o encaminhamento para fazer mamografia e ultra de mama. Fiz os exames e deu BI-RADS 4".

Em relação ao resultado de mamografia e ultra, Eva deixou claro que logo procurou ajuda. "Já corri para a minha médica mastologista e ela falou: 'vamos fazer uma punção imediatamente'. Mas até esse momento, eu estava naquela assim: 'pode ser, pode não ser'. Porque eu já havia tirado nódulos benignos da mama muitos anos atrás, antes até da Ana Clara nascer. E aí fiquei: 'pode ser, pode não ser. Mas e se for? Como é que vou reagir a isso?' Mas procurei não pensar muito, não ficar antecipando as coisas. Foram dias em que procurei me distrair e agendei a punção imediatamente", disse.

O dia de punção também foi mais um momento tenso, onde a mãe e a filha tentaram fazer de tudo para não pensar no exame. "Ana Clara me acompanhou e, quando saímos, resolvemos fazer um passeio superbonito, assistimos a uma exposição, tomamos um café, a gente super se distraiu porque a gente não queria pensar naquilo, a gente não queria entrar naquele estresse. Procuramos lidar com tudo aquilo da melhor maneira, e aí a Ana Clara imediatamente viajou para Manaus de férias. Isso aconteceu no final de setembro. Quando virou outubro, fui lá no laboratório pegar o fatídico envelope. E aí quando abri estava lá: 'carcinoma'. E eu pensei: 'meu Deus, é câncer. Puta merda, o que é quê eu vou fazer da minha vida agora?' E aí tentei respirar, ficar calma", relembrou.

"Quando eu abri o envelope e eu vi o que era, mesmo sem entender em profundidade, sem saber até onde aquilo ia, eu decidi que aquele diagnóstico não ia resumir a minha história, a minha vida, o meu momento. Porque na minha cabeça o que eu estava vivendo era muito bom, eu estava muito animada. Estava com um estado de saúde excelente, não tomava remédio para nada, por nada. Eu estava me alimentando superbem, me exercitando, estava numa paz, morando sozinha, superfeliz, fazendo a pós em meio ambiente que eu tanto queria. E aí eu falei: 'não, esse diagnóstico não vai resumir minha vida, não vai me representar porque eu estou num outro patamar, independentemente do que vem pela frente'. Isso de alguma forma acalmou meu coração, me fortaleceu", afirmou.

"Eu peguei o envelope num dia e no dia seguinte eu já fui para a médica que é mastologista cirurgiã que a minha médica mastologista indicou. Ela se chama Fernanda Maria Marinho e é iluminada. A gente teve muita afinidade, ela é muito ativista, então já fiquei apaixonada por ela de cara, independente de qualquer coisa. Ela então fez uma pergunta: 'como é que você está se sentindo com esse diagnóstico?'", acrescentou.

"Eu respirei e falei assim: 'eu tenho só duas preocupações nessa vida a partir desse envelope'. E ela me disse: 'vamos lá, quais são?' A primeira e a mais importante é como a minha filha vai reagir a isso. Ana Clara participou de um podcast em que contou que teve uma crise pânico e foi parar num hospital no meio de um trabalho. E na cabeça dela o que ela estava mais assustada era que os pais poderiam morrer. Do nada veio isso na cabeça dela, ela entrou em pânico e deu uma pirada. E aí logo depois veio o meu diagnóstico, então minha cabeça só pensava nela. Eu só pensava nela. Eu nem queria saber de mim, juro. Eu só queria saber como ela ia reagir, como ia lidar com tudo", explicou.

"Aí a doutora falou assim: 'calma, porque tudo é muito novo para vocês, vai acontecer muita coisa que vocês não estão acostumadas, palavras, situações e exames que vocês nunca ouviram e no momento que vocês começarem a entender todo o processo vai ficar mais tranquilo'. Ela foi muito assertiva e disse: 'as pessoas têm uma ideia muito errada do que é o diagnóstico e o tratamento de câncer por conta de mitos que existem por aí'. Na hora não entendi muito, demorei para entender o que ela estava falando", completou.

A médica ainda a acalmou e disse que Ana Clara poderia participar dos próximos passos: "Sim... Ela me acalmou sobre Ana Clara e falou: 'vamos trazer ela para ela participar de absolutamente tudo'. E foi muito legal isso porque, mesmo estando longe, mesmo viajando e estando dentro de estúdio, Ana Clara tinha o telefone de todos os médicos e eles tinham o telefone dela. A gente ligava, fazia videoconferência, mandava foto, áudio. Ou seja: ela participou de absolutamente tudo: presencial ou remotamente".

"Falei para ela que tinha uma segunda coisa que estava me deixando um pouco apreensiva que eu não sabia como lidar. Li o segundo livro da AnaMi (paciente com câncer de mama desde 2011, que morreu em 2023) e ela disse que o difícil, muitas vezes, para alguns pacientes, não é lidar com o câncer, mas com as pessoas que não sabem lidar com o câncer. E senti isso, eu vivi isso. Porque eu falei: 'doutora, nem sei como dar essa notícia para a minha família porque eles têm muita dificuldade em lidar com doenças. Tenho três irmãs e dois irmãos e elas, principalmente, têm uma tendência a não aceitar às vezes, a negar, a questionar algum diagnóstico'. E tudo o que eu não precisava naquele momento era alguém fazendo isso. Eu precisava ter acolhimento, apoio. Ter alguém em alguns momentos só para estar ali, segurando a minha mão. Nem eu ia querer falar porque eu não sou de falar muito", lembrou.

"E aí a doutora virou para mim e falou: 'mas por que você tem que dizer então?' E falei assim para ela: 'a minha vontade, eu vou ser muito sincera, era nem contar'. E ela falou de novo: 'e por que que você tem que contar?' Eu disse: 'como assim? Eu vou fazer tratamento de quimioterapia, vou fazer cirurgia. Existe isso (de não contar)?' Ela falou: 'Eva, você não tem noção da quantidade de gente que tem diagnóstico, trata câncer e não conta. Às vezes não conta nem no trabalho'", expressou.

"Fiquei maravilhada, encantada e apaixonada com essa notícia. Meu coração parece que acalmou. Não vou ter ninguém questionando o que a minha médica -- que é a pessoa que vou precisar confiar --- está fazendo. A partir desse momento eu entendi como eu ia agir e lidar com isso. Ana Clara participou de tudo, esteve em todos os momentos comigo. Minha família não soube. Nem no início nem no meio do tratamento. Só depois que terminou. Na verdade fiz a primeira cirurgia no dia 9 de novembro de 2022. No dia 15, fui no almoço de aniversário da minha mãe e ninguém percebeu nada. Eu estava superbem, abracei todo mundo", garantiu.

Sobre a quimioterapia, Eva contou que acreditavam que somente a primeira cirurgia seria capaz de remover o câncer: "No momento que fiz a primeira cirurgia a gente achava, a princípio, que estava resolvido, mas quando veio o resultado um mês depois mais ou menos, deu que a margem de segurança que a médica tirou estava comprometida. Quando ela falou que eu teria que esvaziar a mama eu dei uma balançada. Não pelo fato de tirar a mama em si, mas por ter que passar por mais uma cirurgia, mais uma anestesia, mais um procedimento. Mas fiz e foi muito tranquilo. Tirei o dreno antes do que se retira normalmente. A cicatrização foi impecável porque o fato de eu não ter um corpo inflamado, me alimento superbem, ajudou muito em toda a recuperação. Minha alimentação foi um fator que contribuiu muito".

Já a segunda cirurgia aconteceu em janeiro deste ano. "E no início de março comecei a quimioterapia. Foram 12 sessões, nos meses de março, abril e maio. Não precisei fazer radioterapia", acrescentou.

 "Nos três primeiros dias após a infusão o corpo ainda está sob efeito de corticoide, então a gente fica até bastante agitada, com muita energia. Fiz muito desapego, arrumei armário como nunca, organizei gavetas. Fiz uma limpeza na casa externa e na interna, e foi muito legal. Depois que passavam os dois primeiros dias surgia um cansaço fora normal, parece o sintoma de Covid, em que você não consegue levantar da cama, o corpo fica pesado. E aí eu respeitava, era o momento de ficar deitada. Se eu tivesse vontade de ler, eu lia, ou então ficava só ouvindo música. Mas já deixava a comida pronta. Eu continuei morando sozinha, eu fazia toda a minha comida, eu cuidava da casa. A medicação ajudou, tudo ajudou no final das contas. Tirando isso, sentia um pouco de dor nos membros inferiores. Era uma mistura de dor com cansaço, mas é uma reação da quimioterapia, as articulações ficam mais doloridas", afirmou.

A ex-BBB ainda continuou se exercitando após as recomendações médicas. "Sim, a orientação dos médicos é: 'vai para a academia fazer atividade física'. Pode e deve se exercitar na quimioterapia porque o exercício restabelece o nosso corpo, melhora o humor, reduz o estresse, a qualidade do sono é garantida por causa da atividade física e o sono restaura o nosso corpo. Além de diminuir a ansiedade, me ajudava no equilíbrio, porque a droga me deixou um pouco sem coordenação. Foi um período que deixei cair muita coisa em casa, quebrei muita coisa. Tem uma pilha de coisas que quebrei aqui. Tenho o meu museu (risos). Queimei algumas vezes a panela. Perdi um pouco a noção de espaço porque não coordenava muito bem. O cérebro não concatenava as coisas com o movimento, então diminuí o ritmo", lembrou.

"Nunca tive enjoo. Não peguei uma gripe, um resfriado, nada, durante a quimioterapia. E o curioso é que as pessoas muito saudáveis são questionadas. As pessoas falam: 'você é tão saudável, você tem uma vida tão dentro do que é ideal, por que pegou o câncer?' Eu não costumo me fazer essa pergunta. Aliás, eu nunca fiquei questionando nem a mim mesma, nem ao universo nem a Deus: 'por que eu?' Porque aconteceu. A minha doutora falou: 'Eva, é uma célula que deu defeito'. Eu pensei assim: 'não vou gastar energia pensando nisso porque não vai resolver. É daqui para frente'. Eu tive acesso a muita literatura que fala sobre essa questão de você encarar isso de uma forma positiva, tentar levar mais leve. Para quem está sofrendo, para quem perde o cabelo, para quem emagrece muito, para quem vomita muito, para quem tem muito efeito colateral é até injusto falar isso, sabe? Porque parece que está culpando a pessoa", completou.

"Esse tipo de questionamento aparece para todo mundo. Aconteceu comigo. Agora como que eu vou lidar com isso é que vai fazer a diferença. Todos nós vamos morrer. Não paro para ficar pensando na finitude. Não quero isso, acho que não vai somar em nada. Sei que vai acontecer em algum momento. Como vai acontecer não dá para saber. Mas a minha trajetória até lá precisa ser boa, precisa ser feliz. Porque a gente não veio aqui para ficar curtindo doença, arrastando correntes. Eu pensei muito nisso, eu falei: 'quero continuar feliz, quero continuar pegando a minha bike e indo pedalar, curtindo a natureza'", ressaltou.

"Tive muita queda de cabelos, foi bem estranho, eu balançava a cabeça e os fios caíam, mas eu tinha muito cabelo e com a touca que congela os fios acabou preservando grande parte (...) No momento em que eu tive o diagnóstico eu entendi que eu precisava me cuidar. Tem uma coisa em relação ao câncer e as mudanças que acontecem na vida. Li muitos livros, artigos, assisti a vários vídeos durante todo o tempo que fiquei em tratamento no último ano, e as pessoas falam muito de superação depois que têm um diagnóstico de câncer, que se transformaram e começaram a ressignificar muitas coisas. E eu não me vejo nessas histórias porque eu já tinha uma vida super saudável em termos de alimentação, eu já tinha atividade física constante", ressaltou.

"Minha médica falou assim: 'você é a paciente dos sonhos porque já está preparada'. De alguma forma a vida me preparou para viver esse momento de uma maneira muito tranquila, muito serena. A única coisa é que o câncer reafirmou o que eu acreditava e o que eu precisava fazer que era dizer não para algumas coisas que às vezes eu ainda me submetia. Às vezes a gente começa a se jogar num projeto tal e quando vê está deixando de ter lazer, de ter descanso para ficar ali naquela coisa", disse.

"O autocuidado e o limite foram as palavras-chave que vieram na minha cabeça quando recebi o diagnóstico. Eu sou prioridade, não importa o restante. É sobre o que eu estou vivendo agora. E aí, quando começou o tratamento, eu lembro que eu recebia mensagens pelo WhatsApp de algumas amigas e depois eu fui ler essas mensagens, de pessoas muito próximas que me acompanharam nessa jornada, que foram escolhidas para estar comigo, e a palavra que eu mais usava era confiante. Todos os meus diálogos, todas as minhas conversas eram: 'estou muito confiante'. Independente do que acontecia", reforçou.

"Eu sempre estive muito confiante de que daria tudo certo. Ana Clara e eu celebrávamos cada exame, cada momento. E a gente agradecia o tempo inteiro. Particularmente eu acho que eu fui privilegiada porque comecei a acessar histórias que eu não fazia a menor ideia. Quando eu comecei a conversar com as enfermeiras da área de quimioterapia, elas falavam: 'tem paciente que faz quimioterapia aqui e vai para a banquinha vender para tirar o sustento da família'. Olha o quanto eu sou privilegiada! Eu tive diagnóstico precoce, tive acesso aos melhores médicos, a um tratamento de altíssima qualidade, meu corpo reagiu bem, eu me adaptei a tudo, não tive nenhuma intercorrência. Cada dia, cada momento eu sentia uma sensação de alívio tão grande e ficava tão grata que era impressionante. Isso para mim foi novo. Porque antes eu acho que eu não valorizava algumas coisas que a gente recebe", esclareceu.

Os familiares de Eva ficaram sabendo somente após as duas cirurgias e sessões de quimiaterapia: "No dia que falei para as minhas irmãs, em junho agora, foi engraçado porque comecei a tentar marcar um encontro com elas muito tempo antes. Eu ficava: 'olha, preciso falar com vocês, vamos marcar'. Aí uma viajava, a outra teve um problema de saúde. Finalmente a gente conseguiu se encontrar depois de várias tentativas. E eu disse: 'gente, eu precisava realmente falar com vocês'. E elas: 'nossa! Ficamos preocupadas porque você começou a insistir em falar com a gente'. Eu falei: 'vamos lá! O que passou na cabeça de vocês?' E ouvi as coisas mais engraçadas. E aí eu disse: 'bom, gente, é uma celebração, a gente está aqui junto para celebrar'. E elas: 'graças a Deus! Que bom! Que alívio!' Falei: 'em outubro do ano passado eu fiz um autoexame, percebi o nódulo, fui fazer o exame e confirmou que eu estava com câncer de mama'. Aí todo mundo arregalou o olho. Elas ficaram meio em choque. Mas está tudo bem, eu estou ótima. Eu não estou bem? Já fiz as cirurgias, a quimioterapia".

"Foi engraçado porque quando contei isso para um dos médicos que eu não tinha falado para a minha família e tal, ele falou: 'você vai ter que lidar com uma coisa que vai ser a mágoa que essas pessoas vão ficar de você por você não ter permitido que elas participassem desse momento com você'. Aí eu falei: 'mas eu tenho esse direito. E se elas ficarem com mágoa, com tristeza, é sobre elas, não sobre o que eu passei'. E foi uma forma de me preservar e também, de certa forma, preservá-las porque todas elas estavam passando por vários problemas (...) Foi muito legal porque depois que elas foram embora, escrevi no grupinho das irmãs: 'muito obrigada pelo acolhimento, vocês foram muito especiais'. E elas disseram que eu fui muito valente. Ninguém nunca tinha me chamado de valente e foi tão bonito", acrescentou.

Por fim, a ativista ambiental revelou que o disgnóstico fez com que aprendesse muito. "E a gente evolui muito. Meu relacionamento com Ana Clara, por exemplo, foi para outro patamar. Hoje vejo a minha filha como uma adulta, uma mulher madura, responsável, atenta, segura. Porque, até então, antes do diagnóstico, eu a via como uma criança ainda. É muito doido, foram muitos ganhos ao longo do caminho", contou.

Quando resolveu expor o diagnóstico, Eva recebeu total apoio de sua filha: "Ela falou: 'mamãe, vai, faz, fala, você tem que fazer podcast, tem que contar sua história, escrever um livro, publicar'. Eu não sabia que era possível lidar com isso sem ter que abrir, sem ter que tornar isso público. E foi tão legal também poder contar com a discrição dos profissionais. Às vezes eu chegava numa clínica e a pessoa me olhava e perguntava: 'você não é mãe da Ana Clara?' Por dentro eu logo pensava: 'ferrou, agora vai vazar'. E eu não queria Ana Clara sendo pressionada, veículos falando coisas que não iam somar. E nunca vazou, nunca saiu nada em lugar nenhum".

"Considerando que 1 em cada 8 mulheres vai ter câncer de mama daqui para frente e os diagnósticos tendem a aumentar, a gente precisa dizer que dá para passar por isso de uma forma mais leve, menos dolorosa. A gente não deve se prender ao que existe por aí de desinformação. Tira tudo o que tem na cabeça e começa do zero. Não é fácil, não é essa coisa cor-de-rosa, tranquila. É puxado o negócio, mas tem como lidar. Temos a capacidade de mudar muita coisa no nosso destino. Quando entendemos que 85% do câncer é relacionado ao estilo de vida e esse estilo de vida que a gente está levando está nos levando a diagnósticos tão frequentes... Precisamos nos priorizar. Muitos médicos já falam em tratar o câncer como uma doença crônica. A gente precisa se cuidar mais, se olhar mais e dizer: 'isso é bom para o meu corpo?' Alimentos ultraprocessados, por exemplo, não são bons para o planeta nem para ninguém. Eu acho que a mensagem é um pouco essa. E também que é possível passar por tudo isso com leveza", completou.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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