Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio que foi afiliada da Jovem Pan em Itapetininga (SP)
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Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio que foi afiliada da Jovem Pan em Itapetininga (SP)








Em abril deste ano, Milton de Oliveira Júnior admitiu durante a transmissão de um programa da rádio local que financiou os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro , quando bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Frente ao caso, a Polícia Federal cumpre na manhã desta terça (27) um mandado de busca e apreensão contra o empresário. 


O homem, que é dono da rádio que era afiliada da Jovem Pan em Itapetininga (SP) na ocasião das declarações, é alvo da 13ª fase da Operação Lesa Pátria. Milton afirmou ao vivo que tinha os recibos que comprovam as suas doações para financiar a viagem dos bolsonaristas até Brasília (DF). "Não tenho medo de assumir o que eu faço, está lá", declarou.

Milton destacou não temer ser preso por suas contribuições aos atos antidemocráticos e se referiu ao governo do presidente Lula (PT) como "ilegítimo".

"Se eu tiver que ser preso porque ajudei patriotas a irem para Brasília fazer um protesto contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum", completou. 

Após as declaraçõe, a Jovem Pan anunciou ter rompido o contrato com a afiliada por violação de cláusulas do acordo e exposição indevida da marca da rádio. Além disso, a empresa retirou do YouTube o vídeo com a confissão feita pelo jornalista, mas ele ainda circula nas redes sociais. 


Com isso, Oliveira Júnior se manifestou em sua página no Facebook para dizer que "sempre" respeitou a Justiça, e negou ter apoiado "qualquer ato que ataque a democracia".

O homem ainda mudou o discurso e disse que, na realidade, teria dado dinheiro a um amigo "para sua alimentação durante a viagem de retorno de Brasília no dia 20 de novembro de 2022". 

Operação

De acordo com a PF, a Operação Lesa Pátria deve ter atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Os fatos investigados pela corporação constam os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

*Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho

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