A pandemia mudou a rotina das pessoas. Umas ficaram mais sedentárias, outras menos. E a alimentação também sofreu impacto com a rotina desregrada. Mas o consumo de músicas nunca cresceu tanto como neste período. E há uma explicação científica para isso. É que a melodia que nos agrada, mentalmente, pode ser um gatilho e tanto para o desenvolvimento da nossa própria inteligência emocional.
"É impressionante como uma nota tem o poder de despertar ou dar um start na mente humana. Estudos já comprovaram que a música tem esse poder há tempos, mas cada vez mais a ciência tem provas de que a vibração das notas possui elementos que interferem diretamente na atividade cerebral e, consequentemente, nas nossas percepções”, detalha a treinadora e especialista em inteligência emocional Bianca Lyouman.
Vontade de cantar, pensar na letra de uma música “do nada” e começar a dançar ou mexer mãos e pés na batida de um ritmo são sinais, por exemplo, de que o corpo está pedindo por aquele som e vibração específicos. De acordo com Bianca Lyouman, a regra vale para as sinfonias de Mozart, as rapsódias de Gershwin e até mesmo para as músicas de Bon Jovi.
"A música promove uma transformação no estado psicológico das pessoas que é compatível com tratamento de doenças, até. Ou seja, não é só eficiente. É cientificamente benéfica para o dia a dia das pessoas", relata.
Segundo a especialista, a rigor, esses ritmos e gêneros, para relaxar, precisam ser mais calmos e imitar sons da natureza - só que com trinado de instrumentos musicais.
Por outro lado, cada um tem um gosto musical não à toa: "Cada pessoa tem um gatilho de acordo com a própria preferência. Uns podem se sentir melhor com rock, outros com jazz, tango, funk... O que seja. O importante é identificar isso e respeitar a própria característica", explica Bianca Lyouman.