Os planos de aposentadoria do jogador Richarlison, também conhecido como Pombo, incluem uma mansão na paradisíaca Angra dos Reis (RJ). Ele já havia dito no começo deste ano que quer encerrar sua carreira como Ronaldinho Gaúcho, em uma ilha, cercado de mulheres de biquíni. E isso não é apenas brincadeira.
Em 2020, ele e seu empresário Renato Velasco adquiriram uma mansão em Ilha Comprida, em Angra dos Reis, por meio da empresa da qual são sócios. O único problema é que eles compraram mas não levaram.
Tudo aconteceu porque Willer Tomaz, advogado e um dos melhores amigos do senador Flávio Bolsonaro, através de uma liminar, conseguiu transferir a posse da mansão para seu nome. O advogado se encantou com a residência e há dois anos tem feito uma série de investidas para ficar com o local.
A mansão que possui cachoeira no quintal, 10 quartos, piscina, deck particular, flutuante, debruçados sobre os mares de angra, custa R$ 10 milhões de reais, e pertenceu a Clara Nunes nos anos 1970, depois foi posta à venda e já teve três diferentes donos.
O único problema é que nesse meio tempo ninguém renovou a concessão de posse, que é obrigatória para casas que ficam na região costeira. O jogador e o empresário já haviam pago e assinado os documentos que comprovam a compra, mas não a posse. E foi essa brecha que Willer achou e, assim, se tornou também dono da mansão.
Quem apresentou a propriedade para Willer foi seu amigo, Flávio Bolsonaro. O senador insistiu que ele fosse visitar mesmo sabendo que já pertencia a Richarlison. O filho do presidente Jair Bolsonaro esteve na mansão por causa de uma inauguração que aconteceria na cidade.
Flávio ficou extremamente encantado pelo lugar, usando até um drone para filmá-lo e postá-lo em suas redes sociais tentando marcar território sobre a negociação. Cinco meses depois, Willer entrou com a ação de reintegração de posse depois de pagar R$ 2 milhões em dívidas dos antigos donos e assim conseguir que o contrato ficasse em seu nome.
O caso ainda está no tribunal de Justiça do Rio, e ainda falta Flávio testemunhar, por conta disso, não está definido de quem é a ilha e assim, ela permanece fechada. Quando a Copa do Mundo chegar ao fim, o jogador ainda não saberá a resposta, pois, dentro do processo eles estão como invasores da propriedade, mesmo tendo todos os documentos desde que assinaram a compra.
*Com a colaboração de Victória Rossi