O velório de Guilherme de Pádua, assassino confesso da atriz Daniella Perez, aconteceu na manhã desta segunda-feira (7), em São Cristóvão, zona norte de Belo Horizonte. Apesar da cerimônia ter sido restrita a um grupo seleto de pessoas, a longa fila de espera fora da Igreja Batista de Lagoinha chamou atenção.
Na noite do último domingo (6), o pastor Márcio Valadão, líder religioso da mesma congregação de Guilherme, anunciou com entusiasmo e um grande sorriso no rosto que o ex-ator tinha morrido naquele momento -- por volta das 22h --, aos 53 anos, por conta de um infarto.
O rito --que aconteceu na igreja onde Pádua foi acolhido depois que saiu da prisão e ordenado como pastor em 2017--, foi restrito a familiares, amigos e membros religiosos do local. A imprensa e pessoas de fora não foram autorizadas a participar.
Antes do velório começar, uma fila de aproximadamente 70 pessoas chamou a atenção de quem passava perto da igreja. Em depoimento à Folha de São Paulo, membros da congregação demonstraram tristeza pela morte de Guilherme e uma pessoa até chegou a dizer que ele estava bem em um culto que aconteceu na manhã do dia da sua morte.
Em 1992, Guilherme de Pádua e sua mulher Paula Thomaz, assassinaram Daniella Perez, filha da autora Gloria Perez, com 18 facadas pelo pescoço, pulmão e principalmente pela região próxima ao coração. Na época, o ex-ator protagonizou um par romântico com Daniella na novela De Corpo e Alma, escrita pela mãe da atriz. A jovem tinha apenas 22 anos e o caso gerou comoção nacional.
A tragédia voltou a ser assunto recentemente com o lançamento do documentário Pacto Brutal, da HBO Max, série que conta como aconteceu o crime e os desdobramentos após encontrarem o corpo de Daniella em um matagal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
O velório de Guilherme começou às 10h30 da manhã e o enterro seguiu por volta das 14h30 no cemitério Parque da Colina, na capital mineira, local de nascimento de Pádua.
*Com a colaboração de Amanda Moreira.