Rodrigo Alvarez apresenta a segunda temporada do Parados na Fronteira, do canal A&E
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Rodrigo Alvarez apresenta a segunda temporada do Parados na Fronteira, do canal A&E


Antes da Globo iniciar seu processo de demissão em massa, Rodrigo Alvarez tomou uma decisão considerada "maluca" na época por seus colegas: deixar o emprego de repórter na líder de audiência e trocar o Jornalismo, após 23 anos, pelo universo dos livros. Estava decretada sua aposentadoria da TV. Mas nesta quinta-feira (18), ele encerra este jejum e retorna ao ar à frente da segunda temporada da série documental Parados na Fronteira, do canal A&E.


"O trabalho com o A&E, Parados na Fronteira, me despertou de um sono de quase três anos. Não que estivesse dormindo porque eu não sou de ficar parado. Eu estava produzindo livros e outras coisas. Mas me trouxe de volta pra televisão depois de quase três anos e me fez lembrar o quanto eu amo fazer televisão. O quanto eu gosto desse trabalho, o quanto eu acho ele importante", disse o jornalista em entrevista exclusiva à coluna.

Em 2019, quando se demitiu da Globo, ele fez um pacote de mudanças drásticas em sua vida: trocou o frio da França, onde morou por quatro anos, pelo calor de Miami (EUA), trabalhou intensamente junto com sua mulher em uma editora de livros e se dedicou mais à literatura, uma de suas grandes paixões. Mas o Jornalismo nunca saiu de suas veias.

"Acho que tudo me encaminha de volta pra televisão. É bom está voltando depois de três anos de pausa, de reflexão, né? Eu acredito que tem um tipo de amadurecimento que só acontece quando você está ausente. Não adianta achar que vou amadurecer da mesma maneira se eu continuar fazendo aquilo todo dia. Eu precisei sair um pouco, olhar pra outras coisas pra poder ver aquilo que não é mais a mesma coisa de uma nova forma", explicou.

E a melhor maneira de voltar a exercer sua antiga profissão é nas ruas. Ou melhor, nas fronteiras, ambiente bastante conhecido por Alvarez, que dedicou anos de sua carreira à cobertura de conflitos nas zonas mais turbulentas do mundo. Na série Parados na Fronteira, ele viajou até o México e gravou as cenas em ambientes áridos, enfrentando o forte calor.

"São cenários que nos remetem a todas as situações, porque o programa é gravado em diversos países. Então para a gente fazer a apresentação, foi escolhido um lugar que representasse bem todas essas situações. E o México tem muitos cenários que nos aproximam dessas situações de fronteira", comentou.

Cena da segunda temporada de Parados na Fronteira
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Cena da segunda temporada de Parados na Fronteira


Zona de conflito

A série acompanha o trabalho de autoridades que atuam nas fronteiras dos países para detectar grupos criminosos que atuam no tráfico de drogas, pessoas e até mesmo imigração ilegal, seja por terra, pelo ar ou pelo mar.

Nos 12 episódios da nova temporada, Parados na Fronteira mostrará as operações para identificar as técnicas de contrabando e diversas histórias dramáticas em 15 fronteiras, espalhadas por países como Brasil, México, Colômbia, Chile, Bolívia e Peru. A tensão nestes locais é grande e o apresentador já sentiu na pele os perigos de atravessar estas zonas de conflitos na época em que era repórter.

"Na fronteira do México com Estados Unidos, que inclusive a gente mostra na série, eu fui perseguido por bandidos, pessoas ligadas ao narcotráfico. Eu estava documentando a passagem ilegal pela fronteira e a documentação incomodou, porque eu fiquei muito tempo em certo lugar onde havia uma passagem constante e fui apedrejado. Eu e o cinegrafista que me acompanhava, nosso carro foi completamente destruído, o equipamento foi roubado e a gente conseguiu recuperar depois foi atirado no mato", lembrou.

A segunda temporada de Parados na Fronteira estreia nesta quinta-feira (18), às 21h40, no canal A&E.

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