O processo milionário que Rachel Sheherazade move contra o SBT teve mais um capítulo nessa segunda-feira (8). A jornalista, que acusa Silvio Santos de assédio moral e censura, esteve na 3ª Vara do Trabalho de Osasco para participar da primeira audiência do caso, em que pede em torno de R$ 20 milhões de indenização.
Em agosto, havia sido realizada a audiência de conciliação, mas o SBT se recusou a fazer qualquer tipo de acordo financeiro com a ex-funcionária, e a primeira oitiva judicial foi marcada para ontem.
Desta vez, Hermano Henning não deu o cano na ex-colega de trabalho. Ele foi listado como uma de suas testemunhas, mas não havia comparecido na audiência de conciliação. Desta vez, ele esteve presente e relatou como foi o período em que ele e Sheherazade trabalharam juntos no SBT.
O ex-âncora do SBT foi chamado para depor pelo fato de ter exercido função semelhante à de Sheherazade, e também por ter processado a emissora por razões muito parecidas. Até o momento, ele ganhou em todas as instâncias.
O SBT levou dois funcionários como testemunhas para a audiência. Ambos atuam no Jornalismo da emissora e fizeram seus relatos sobre os argumentos apontados por Sheherazade na ação.
Por se tratar de uma causa extensa, em que a jornalista reclama não somente de assédio moral e censura, mas também de direitos trabalhistas que ela não usufruiu por ser contratada como Pessoa Jurídica e não como CLT, há diversos cálculos que serão submetidos a análises.
A jornalista fez um minucioso relato sobre os quase dez anos em que trabalhou como âncora dos telejornais do SBT, mas a Justiça optou por não dar nenhum parecer neste momento e marcou um novo encontro entre Sheherazade e os representantes jurídicos da emissora para 21 de janeiro de 2022, quando será realizada a audiência de julgamento.
Será somente nesta ocasião que Sheherazade e SBT saberão quem levou a melhor na primeira instância.