Demitido nesta semana do Minas Tênis Clube, o jogador Maurício Souza decidiu processar a Globo, Felipe Andreoli e Walter Casagrande após ser chamado de homofóbico em rede nacional. Ele acusa a emissora e os apresentadores de calúnia, difamação e injúria, e ainda pedirá indenização por danos morais.
"Maurício está com a consciência tranquila, seguro e confiante, mas se sentindo injustiçado por ser um cidadão sem histórico de homofobia e está pensando somente na reestruturação de sua carreira", disse o advogado Newton Dias à coluna. "As pessoas que o acusaram não queriam justiça, queriam vingança. A vingança é um prazer momentâneo, mas um arrependimento eterno."
O jogador de vôlei foi bastante criticado por Felipe Andreoli e Casagrande nos programas esportivos da Globo. Ambos foram bastante incisivos em suas análises, e o chamaram de homofóbico por diversas vezes.
"A homofobia é crime e é grave, mas não pode ser banalizada. As pessoas precisam entender que é um crime de potencial ofensivo. Perante o entendimento jurídico, na postagem de Maurício não há homofobia e nem ridicularizou os quadrinhos, o que houve foi um questionamento", comentou o advogado do jogador.
Em 12 de outubro, Maurício postou em seu Instagram uma notícia mostrando que o personagem Superman, filho de Clark Kent, se assumiu bissexual nos quadrinhos. Na legenda, o jogador escreveu: "Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar...".
A fala foi interpretada como homofóbica e repercutiu muito mal entre os jogadores de vôlei, que decidiram se manifestar publicamente contra o jogador. Torcedores revoltados passaram a pressionar os patrocinadores do Minas, que pediram a demissão de Maurício.