Enfrentando uma crise sem precedentes, a Globo tem feito um corte enorme no Jornalismo. A coluna apurou que a demissão em massa ocorre em esquema de conta-gotas, ou seja, a cada dia um pequeno grupo é posto no olho da rua sob a justificativa de reestruturação interna.
Nesta semana, foram dispensados 20 profissionais só em São Paulo. No pacote estavam jornalistas, produtores, cinegrafistas, operadores de áudio e outros funcionários da equipe técnica. Na semana anterior, também houve cortes, mas não recebemos o número exato de pessoas que perderam seus empregos.
A ideia de cortar os profissionais aos poucos é bastante usada por empresas que precisam promover demissões em massa. Quando é traçado um planejamento de grande redução de funcionários, os sindicatos precisam ser acionados pela empresa a fim de evitar maiores contratempos.
Normalmente, são negociados benefícios extras para quem está de saída, tendo em vista o impacto econômico que isso acarreta na vida das pessoas, em suas respectivas famílias, no entorno da empresa e também na economia local.
Além disso, a Globo não quer que seu momento delicado seja utilizado em campanhas pró-Bolsonaro. O presidente da República é o maior inimigo declarado da emissora, e retirou dela uma fatia gigante das verbas de incentivo e de publicidade que recebia. O impacto no caixa é inegável.
A coluna apurou que mais profissionais do Jornalismo que atuam diante das câmeras serão cortados até o fim do ano. No início de outubro, a Globo demitiu os veteranos Alberto Gasper e Ari Peixoto, que estavam na emissora havia mais de 30 anos.