Na próxima quinta-feira (04), o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) traz a exposição “Tarsila Popular”, um acervo com cerca de 120 obras de Tarsila do Amaral, artista que foi figura central do modernismo brasileiro em sua primeira fase, a partir dos anos 1920. A mostra propõe um novo olhar em direção aos temas, personagens e narrativas presentes no trabalho dela, especialmente no que diz respeito a questões políticas, sociais, e raciais.

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Tarsilinha do Amaral
Reprodução / Instagram
Tarsilinha do Amaral

Com curadoria de Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, quem está a frente desse trabalho é Tarsilinha do Amaral. Sobrinha-neta de Tarsila do Amaral , ela está com boas expectativas para a exposição e garante que esse tema popular nunca foi explorado dessa maneira.

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Quadro de Tarsilinha exposto no MASP
Reprodução / Instagram
Sobrinha neta de Tarsila do Amaral realiza exposição em SP

“Fazem 10 anos que não tem exposição de arte dela em São Paulo, então muita gente nunca viu as obras delas juntas. Tem obras inéditas como ‘O Pescador’, que nunca veio para o Brasil, ‘A Cuca’, que há 27 anos também não vem para cá e ‘Abaporu’ que é a grande estrela da edição”, conta Tarsilinha.

Segundo ela, a mostra é de extrema importância, pois deixa claro o amor da artista pelo Brasil e sua relação com o povo brasileiro. “Ela queria ser a pintora do Brasil! Essa relação dela com o país é muito importante”, explica ela.

Tarsilinha do Amaral posando em frente ao Abaporu, quadro de sua tia avó
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Tarsilinha do Amaral posando com o quadro de sua tia avó

Questionada sobre como acha que a parente se posicionaria no Brasil atual, ela não hesitou em dizer que estaria completamente engajada. “Ela é precursora de tudo o que vivemos hoje”, ressaltou ela, dizendo também que mesmo depois de morta Tarsila ajuda impulsionar o valor do Brasil.

Tarsilinha está sempre à frente dos trabalhos com as obras da tia-avó. É ela quem contribui com o direitos de imagens, fala com colecionadores, dá palpites e suporte em boa parte das coisas. No entanto, ela garante que apesar da responsabilidade, sua contribuição é feita com muito amor e paixão e nem sente como trabalho: “É um prazer de trabalhar com uma das maiores artistas do País, se não a maior, e levar à frente uma pintora desse porte”, garante ela.

Você viu?

Carregar o nome-homenagem de uma das maiores artistas brasileiras é também um prazer para ela, que se emociona ao ver as obras da tia-avó e falar sobre ela como parente e também como pintora. [continua no último destaque].

  • Cultura ambulante! 

Repleto de  palestras, shows, mostra de filmes, workshops, feiras gastronômicas e de games, o Festival Path se hospega na região da Avenida Paulista, zona Oeste de São Paulo, entre os dias 1 e 2 de junho. A intenção é compartilhar cultura e conhecimento, principalmente a  

além de festas que acontecem simultaneamente em seis espaços icônicos da região, num formato ideal para se transitar a pé: Hotel Maksoud Plaza, Teatro Gazeta, Reserva Cultural, Clube Homs, Hotel Tivoli Mofarrej e Praça Alexandre de Gusmão.

  • A cena underground querendo espaço

Anitta? Ludmilla? Não, o nome feminino de destaque da Coluna Bastidores desta terça (02) é Bárbara Eugênia, que lançou o primeiro clipe de seu novo álbum recentemente. Intitulado Perdi , o projeto visual conta com direção de Tata Pierry e Gabriel Braga.

  • Aventura, nostalgia e informação
Série da National Geographic tem tom nostálgico
Divulgação
Série da National Geographic tem tom nostálgico

Especializado em documentários, o canal a cabo National Geographic abre o mês de abril com “O Maior Explorador do Mundo: o Retorno ao Nilo”, que têm como protagonistas o explorador Sir Ranulph Fiennes, um Richard Rasmussen gourmetizado, e seu primo, o ator Joseph Fiennes, conhecido por atuar na série “The Handmaid’s Tale”, em português, “O Conto da Aia”.

A série-documental de três episódios têm “Retorno” em seu título pois, aos 75 anos, o explorador britânico retorna ao cenário de uma de suas expedições, que aconteceu no Rio Nilo no ano de 1969. Além disso, conta com a presença do primo do sobrevivente para estabelecer uma troca de experiências e ver o quanto, apesar das profissões distintas, um pode aprender com o outro. A estreia está marcada para quarta (03), às 21h00.

  • Tarsilinha do Amaral: a arte correndo pelas veias
Tarsilinha do Amaral e o prefeito de São Paulo Bruno Covas
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Tarsilinha do Amaral e o prefeito de São Paulo Bruno Covas

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Tarsila do Amaral morreu em 1973, quando a filha de seu sobrinho tinha oito anos. Mais de 45 anos depois, Tarsilinha ainda se lembra da parente com carinho e recorda ter visto algumas obras quando frequentava a casa da tia-avó. Como artista e familiar, a inspiração sempre foi grande: “A inteligência, cultura, generosidade, doçura, educação e gentileza dela sempre foram exemplos para mim. Ela sempre foi uma mulher a frente do seu tempo, independente, e tenho um pouco desses traços, claro que não como ela no tempo dela, mas tenho”, conta a sobrinha-neta .

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