O conceito de “isso é coisa de homem” ou “isso é coisa de hétero” foi dado como obsoleto há muito tempo. Prova disto é o surgimento de grupos musicais como o Quebrada Queer, que une o beat do rap ao glamour afeminado, dando luz e vazão a histórias de verdade e que representam os membros da comunidade LGBT
em amplos sentidos.
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Nascido em solo paulistano, o Quebrada Queer conta com seis integrantes e lida com uma caminhada árdua no cenário musical atual: “Estar nesta indústria é um caminho solitário quando se é LGBTQ! Não existe porta de entrada ou tapete vermelho. Acaba que você começa a fazer tudo sozinho e torce para que o mundo te ouça”, comenta Guigo, integrante do grupo.
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Após o fenômeno Pabllo Vittar, aparentemente, a musicalidade LGBT vem ganhando destaque entre os artistas do momento. Marcados por versos que enaltecem o orgulho de ser quem são e a realidade em que vivem, os integrantes do Quebrada levam em sua música homônima ao nome do grupo um recado para a sociedade.
A responsabilidade social
“Eu acredito que criamos representatividade e vale a pena ressaltar que não somos os pioneiros nisso! Nós tivemos a sorte desse trabalho criar empatia com as pessoas", comenta Guigo.
Em seguida o integrante do QQ ressalta: “Nossa música acabou tirando um véu que rondava a indústria do Rap nacional! Entramos pra história, e somos muito orgulhosos disso”.
Dominado por homens cis, o rap sempre foi um gênero marginalizado e machista que, apesar de excluir até as mulheres, faz seu papel em contar histórias onde a massa popular pode se identificar. Perspicaz, Guigo alertou que o grupo não se intimida pelo preconceito enraizado no gênero e destaca que uma hora ou outra a notoriedade dos LGBT no ramo iria acontecer.
“É difícil! E sabemos que isso não mudaria da noite pro dia. Mas o mais importante é que agora nós somos mais um dos muitos dispostos a expor essa situação e acabar com ela custe o que custar!”.
O Quebrada quer contar algumas verdades!
Com quase 2 milhões de views no Youtube em seu primeiro clipe, o Quebrada Queer chama atenção pelo figurino elaborado e pelos versos de cada integrante, que por trás das melodias carregam os problemas e soluções pessoais de cada um.
“Temos uma vida cheia de dificuldades. E com base nessas dificuldades criamos formas de resolvê-las. As mensagens (das músicas) vem daí! Das vivências de cada um dos integrantes, da dificuldade da Apuke conseguir se estabelecer no universo das produções musicais apenas por ser mulher, lésbica e negra, por exemplo!”
Em continuidade ele se deu como exemplo: “Ou da minha dificuldade (Guigo) em ser levado a sério apenas por ser mais afeminado e ter que ser 10 vezes mais incisivo em minhas colocações, 20 vezes mais duro em meus posicionamentos para que me faça respeitar”.
O Futuro do rap está no arco-íris?
O grupo musical ganhou muito destaque nos últimos meses e vem usufruindo de uma agenda agitada e um afeto descomunal do público. Engajados e ativos nas redes sociais, os integrantes sabem que a expectativa para o próximo projeto é alta: “Temos trabalhado duro para transformar o que era apenas um projeto, em nossas missões de vida”, disse Guigo.
Questionado sobre novidades futuras, o integrante do Quebrada Queer, não pestanejou: “Lançamos provavelmente no final de agosto o que será o pontapé inicial de um projeto grandioso. Queríamos que nossas vidas fossem explicadas através de cada uma das músicas e ralamos muito para que isso acontecesse. Você consegue imaginar seis manas mudando mais uma vez a história dessa iIndústria? Se não consegue, acompanhe os próximos lançamentos”, finalizou Guigo entre risos.
Os vikings chegam à TV a cabo!
Mudando de assunto, o Cartoon Network está com novidades nórdicas para este mês de agosto. Está marcado para dia 13, às 12h25, a estreia da animação "Lendas Vikings", que vai contar a história do guerreiro Reidar e seus amigos.
Criada por Ivan Verduzco e produzida em conjunto com Mighty Animation, a produção pretende mostrar através do desenho mais sobre a cultura que instiga os telespectadores: "Estou feliz que finalmente se conte a história e conheça o mundo dos Vikings. A série é a minha interpretação, desenvolvendo algo que quase ninguém esperaria de uma série com esse tema", comentou o criador do desenho.
A TV está descontruída?
Como no Cartoon Network , 13 de agosto será uma data importante para o GNT . O canal fechado começará a exibir a partir das 23h30, a nova série documental intitulada "Quebrando o Tabu".
Ao longo de dez episódios, a equipe do programa vai viajar o Brasil e o mundo conversando com pessoas de origens e opiniões diferentes, sobre assuntos como privacidade, prostituição, desigualdade racial, aborto, LGBTfobia, controle de armas, polícia, democracia, mudanças climáticas, privatização e muito mais.
O Apocalipse está próximo!
E não para por aí, tem mais novidades na rede fechada de canais, o FX , por exemplo, divulgou recentemente o primeiro teaser da série “American Horror Story: Apocalypse”. A oitava temporada da antologia será um crossover de “Murder House” e “Coven”, e a estreia está prevista para o dia 12 de setembro.
O Tremendão se reinventa
Já no mundo da música , não é só o Quebrada Queer que faz sucesso. A partir de uma parceria nada convecional entre Erasmo Carlos e Emicida surgiu o clipe da canção Termos e Condições . A música está entre as faixas de “Amor É Isso”, o álbum mais recente do Tremendão, e promete abalar nas paradas musicais. Confira:
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