Com clássicos de Vinícius de Moraes, Tom Jobim e João Gilberto, o espetáculo "Garota de Ipanema, o musical da Bossa Nova" segue em curta temporada no Teatro Opus, em São Paulo. “É um musical/show, como se fosse um bate-papo sobre a bossa nova. A gente explica como surgiram algumas músicas, como surgiu a Bossa Nova no Brasil e como ela ganhou o mundo. O público ama, porque muitas pessoas viveram isso e estão relembrando”, afirma atriz Myra Ruiz que divide o palco com outros nomes de peso, como Cláudio Lins e Fabi Bang.
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Dividido em partes, o musical ainda aborda as histórias e curiosidades envolvendo o nome “ Bossa Nova ”, qual a origem desse estilo musical , as influências que levaram ao seu surgimento e os costumes envolvendo os grandes artistas da época.
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A definição de musical/show foi dada porque o espetáculo segue uma estrutura diferente. “Não temos personagens fixo, mas ao mesmo tempo não sou eu, Myra, em cena. Então, todo o elenco criou pequenos personagens. Tem momentos cênicos, mas a grande protagonista é a Bossa Nova”, explica a atriz. Ela revela que ouve claramente as pessoas cantando baixinho junto com ela músicas como “Samba de uma nota só”, “Ela é carioca”, “O Barquinho”, “Chega de saudade” e claro “Garota de Ipanema”.
“É uma honra estar no palco cantando esses clássicos, e também dificílimo, eu morro de medo de errar a letrar porque todo mundo vai saber, então precisa de uma concentração muito grande”, brinca Myra. “Quem viveu aquela época vai sair emocionadíssimo, para quem não viveu, vem conhecer o melhor da música brasileira. Todo mundo pode sair feliz. Eu mesma, que sou nova e não vivi essa época aprendi músicas novas, acredito que me tornei uma artista melhor por conta disso”, completa a jovem atriz de 24 anos.
*Com reportagem de William Amorim
Periférico
No último final de semana aconteceu em São Paulo a Virada Política, que contou com vários eventos espalhados pela cidade. Entre eles estava o coletivo “ Babado Periféric o”, que apresentou na íntegra o documentário que está sendo exibido aos poucos na internet. Ao todo serão três episódios no Youtube com relatos reais de pessoas LGBT contando sobre as dificuldades que encontram vivendo na periferia. O primeiro deles, “PERIFÉRICU” já foi ao ar. Outros dois ainda serão lançados. Confira o primeiro episódio, com direção e roteiro de Nayara Mendl e Rosa Caldeira, a seguir:
Clipe-manifesto
Preta Gil vai lançar um novo clipe essa semana. Ao lado de Gal Costa, ela vai liberar “Vá se benzer” na próxima quinta-feira (09). Para promover o clipe e seu mais recente álbum, “Todas as Cores”, ela esteve no programa do Otaviano Costa na Rádio Globo. “É um clipe-manifesto, uma música que fala muito desse momento que a gente vive tão chato, das pessoas apontarem tanto o dedo umas para as outras”, explicou a cantora.
Preta falou sobre a oportunidade de gravar pela primeira vez com a madrinha, Gal Costa . “Eu nunca tinha pensado em gravar com ela e depois de 15 anos [de carreira] eu tive essa coragem de chamar ela para gravar”, disse Preta. “E ela amou fazer a música, amou fazer o clipe. Eu lembro que eu combinei com ela: ‘Dinda, eu juro que eu só preciso de 4 horas suas no set’. Ela ficou 8 horas e a gente ia dizendo para ela ‘não, mas já acabou, você está cansada?’, e ela ‘que cansada o que? Eu ficaria aqui muito mais’. Rolou uma super energia entre nós. Ela está linda no clipe!’”, completou.
Preta também falou sobre outra parceria do disco, “Não Me Testa”, ao lado de Marília Mendonça. De acordo com a cantora, apesar de fazerem o registro, elas nunca chegaram a se conhecer pessoalmente, apenas por internet. Ela ainda revela que tem planos para gravar um vídeo ao lado da cantora sertaneja.
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A invenção do Nordeste
Começou na última quinta-feira (02) a temporada paulista da peça “A Invenção do Nordeste”. Criada pelo Grupo Carmin e dirigida por Quitéria Kelly, a peça trata os estereótipos nordestinos e a desconstrução dos mesmos. Durante dois anos de pesquisa, o Grupo mergulhou nos questionamentos dos mecanismos estéticos, históricos e culturais que contribuíram para a formação de uma visão do nordeste brasileiro como um espaço idealizado, deslocado do processo histórico e imune ao impacto das grandes transformações sociais. A partir daí, os dramaturgos Pablo Capistrano e Henrique Fontes escreveram uma auto-ficção onde um diretor é contratado por uma grande produtora para preparar dois atores norte-rio-grandenses, que disputam o papel de um personagem nordestino. Durante o tempo da preparação, a identidade nordestina entra em cheque. A peça fica em cartaz no Sesc Belenzinho até 26 de novembro.
Bossa Nova made in Brazil
A Netflix anunciou na última segunda-feira (06) mais uma produção nacional. “Coisa Mais Linda” será uma parceria com a Prodigo FIlms, e irá retratar o início da Bossa Nova no Brasil, cobrindo os anos 1950 e 1960. Ainda sem elenco confirmado, a série terá oito episódios na primeira temporada, e começará a ser produzida em 2018, com previsão de estreia o mesmo ano. “Coisa Mais Linda” acompanhará a história de Maria Luiza, uma mulher dependente do pai, Ademar, e do marido, Pedro, que desaparece. Após o sumiço, ela se muda de São Paulo para o Rio de Janeiro e decide transformar o restaurante que Pedro estava abrindo na cidade em uma casa noturna de Bossa Nova, o que provoca também uma mudança pessoal.
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