Emicida acusa Fióti de desviar R$ 6 milhões da Laboratório Fantasma
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Emicida acusa Fióti de desviar R$ 6 milhões da Laboratório Fantasma

O cantor Emicida acusa o irmão e ex-empresário Evandro Fióti de desviar mais de R$ 6 milhões da Laboratório Fantasma entre junho de 2024 e fevereiro de 2025. A denúncia surgiu após o rapper revogar a procuração que permitia a Fióti acessar as contas bancárias da empresa.

Portal iG teve acesso ao processo envolvendo os irmãos. No documento, Fióti pede à Justiça uma Tutela Cautelar Antecedente para evitar prejuízos à sociedade. A defesa de Emicida rebate as alegações e aponta retiradas milionárias feitas sem consulta prévia.

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O processo apresenta a estrutura societária da Laboratório Fantasma . Segundo Emicida, Fióti ingressou na empresa apenas em abril de 2024, com 10% das quotas, enquanto 90% permanecem sob controle do cantor. Outras empresas associadas ao selo possuem titularidades distintas — a Laboratório Fantasma Comércio de Roupas Ltda ., criada por Evandro, e a Laboratório Fantasma Eventos Ltda. , no nome de Tiago Sá Freire de Sousa.

A defesa argumenta que, apesar de ter sido procurador da empresa, Fióti não atuava na gestão financeira. O título foi revogado após a descoberta de retiradas irregulares. 

Segundo os advogados do rapper, a análise de extratos bancários apontou R$ 2 milhões em transações no início de 2025. Uma revisão detalhada revelou mais R$ 4 milhões movimentados entre junho e julho de 2024. Os valores foram retirados de contas da empresa em diversos bancos.

O valores seriam divididos da seguinte maneira

  • Duas transferências de R$ 250 mil em 3 de junho de 2024;
  • Duas transferências de R$ 250 mil em 4 de junho de 2024;
  • Duas transferências de R$ 500 mil em 26 de junho de 2024;
  • Uma transferência de R$ 500 mil em 27 de junho de 2024;
  • Uma transferências de R$ 500 mil em 28 de junho de 2024;
  • Uma transferência de R$ 500 mil em 1 de julho de 2024;
  • Uma transferência de R$ 500 mil em 2 de julho de 2024;
  • Duas transferências de R$ 500 mil em 22 de janeiro de 2025;
  • Uma transferência de R$ 500 mil em 4 de fevereiro de 2025;
  • Uma transferência de R$ 500 mil em 5 de fevereiro de 2025.

Documentos anexados ao processo mostram que Fióti realizou várias transferências para uma conta pessoal. Entre as movimentações estão depósitos de R$ 500 mil em diversas datas, incluindo janeiro e fevereiro de 2025. A defesa de Emicida aponta essas transações como provas do desvio.

A disputa judicial entre os irmãos marca o fim de uma parceria de 16 anos na Laboratório Fantasma . A empresa foi criada para impulsionar a carreira de Emicida e se tornou referência no mercado musical independente.

Posicionamento de Fióti

Evandro Fióti nega desvio de R$ 6 milhões da empresa de Emicida
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Evandro Fióti nega desvio de R$ 6 milhões da empresa de Emicida
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Evandro Fióti se pronunciou nesta terça-feira (1º) sobre o rompimento com o rapper e as acusações de desvio de R$ 6 milhões da empresa  Laboratório Fantasma .

Fióti nega irregularidades e afirma que todas as movimentações financeiras foram feitas de forma transparente e dentro das normas da empresa.

Em nota publicada no Instagram, Fióti rejeitou as alegações divulgadas pela equipe jurídica de Emicida e declarou que sempre atuou com transparência. "Nunca desviei qualquer valor da  LAB Fantasma ou de empresas do grupo", afirmou. Segundo ele, todas as transações financeiras foram registradas e realizadas conforme os procedimentos internos.

O empresário também destacou que era sócio igualitário da empresa e que as decisões eram tomadas em conjunto. "A administração das empresas sempre foi conjunta, conforme acordo formal ratificado e assinado por ambos em dezembro de 2024", explicou. O documento, segundo ele, estabelecia gestão compartilhada e divisão de ativos e passivos de forma igualitária.

Fióti rebateu as acusações e alegou que Emicida recebeu valores superiores no período de sociedade. "A acusação de 'desvio' é falsa e inverte os fatos. O próprio processo judicial contém documentos que comprovam que Emicida recebeu valores superiores, incluindo distribuições de lucros acordadas entre as partes", declarou.

Ele também criticou a exposição pública do caso e afirmou que tomará medidas legais contra a divulgação de informações distorcidas. "A divulgação distorcida de informações parciais de um processo é gravíssima e será tratada com as medidas legais cabíveis, em todas as esferas, inclusive penal", completou.

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Fióti também fez um apelo aos seguidores: "Quem caminha comigo há mais de 18 anos à frente de projetos e equipes sabe da minha ética, transparência e honestidade – valores que trago de casa e que jamais trairei", escreveu.

Ele lamentou que o conflito tenha tomado grandes proporções e afirmou que busca resolver a situação com respeito. "É muito triste ver exposta a situação contratual e jurídica do grupo empresarial que fundei ao lado do meu irmão há 16 anos, assim como as complexas implicações familiares envolvidas", disse.


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