A pedagoga, advogada e escrivã aposentada Rosalba Nable , de 60 anos, mãe da atriz Isis Valverde , de 37, publicou em suas redes sociais um desabafo sobre sua luta após o câncer de mama, diagnosticado em maio deste ano.
Ela finalizou as sessões de quimioterapia recentemente e iniciou sessões de radioterapia nesta segunda-feira (14) .
"Após 6 meses de luta e resistência, iniciei o percurso para a radioterapia. Serão 15. Durante 3 semanas, de segunda a sexta, no mesmo horário. Hoje fiz a ressonância para que a radioterapeuta possa demarcar os locais por onde as radiações ionizantes (que são um tipo de energia para destruir as células do tumor ou impedir que elas se multipliquem) vão entrar em meu corpo", relatou.
"São feitas marcas com uma caneta apropriada e essas marcas são protegidas com adesivos que não saem com água para garantir que o paciente fique sempre na mesma posição durante a radioterapia. A posição é um pouco desconfortável (braços acima da cabeça), mas é rápido. Essas radiações não são vistas durante a aplicação e me garantiram que não se sente nada durante a aplicação. Ao final, vou dividir com vocês a realidade disso tudo".
Ela ainda contou que o tratamento não tem sido fácil. "O caminho até aqui foi duro, dolorido e muitas vezes me senti destruída mentalmente, sem forças para acreditar que seria possível. E foi possível? Essa pergunta requer uma dupla resposta, o que, ao mesmo tempo, não exclui outras respostas. Na cirurgia e quimioterapia vivenciei uma longa, escura e assombrada noite. Uma desesperada escuridão que assola e devasta a alma", afirmou.
Ao ser diagnosticada com a doença, a pedagoga recordou o que sentiu: "O diagnóstico de CA (câncer) se parece com um labirinto onde existem muitas portas, todas misteriosas e tenebrosas. Ou você as abre ou permanece ali, naquele corredor estreito e sem volta. Pois é. Não existe outra escolha, racionalmente inteligente, a não ser seguir. A primeira porta conduz a uma câmara de tortura (a cirurgia). A segunda se abre para um depósito de armas (a quimioterapia)".
"A terceira porta, a que abro agora, após 5 meses de dor e medo, abriga flores, mas elas estão cobertas de espinhos. Mesmo assim (porque o mundo segue mesmo sem você), é outubro e esse mês anuncia a vida florindo quando isso acabar. Já fica mais fácil e consolador pensar que nada disso vai voltar, nunca mais. Na radioterapia dizem não existir dor, nem agulhas, nem efeitos colaterais agressivos e tem um momento em que precisamos descansar. Creio ter chegado o meu momento de esquecer o intenso sofrimento", escreveu.
Para finalizar, ela escreveu uma mensagem de esperança: "E olhem: meus cabelinhos decidiram começar a querer nascer; é primavera de 2024 em SP; estou solidamente tentando acreditar que sim, é possível uma vitória. Seguimos juntas."