Regina Duarte
Reprodução SBT
Regina Duarte


Regina Duarte fez uma retratação nesta segunda-feira (15) após ser processada por Janaina Diniz Guerra , filha da atriz Leila Diniz , falecida em 1972. O processo foi iniciado devido ao uso indevido de uma foto da atriz em uma publicação nas redes sociais de Regina, na qual defendia a Ditadura Militar.

De acordo com a ação judicial, a imagem "mostra Leila Diniz e diversos outros atores e atrizes, foi tirada em 13 de fevereiro de 1968, em manifestação ocorrida no contexto de greve realizada por artistas e produtores de teatro, indignados pela censura decorrente das determinações do AI-5, tendo fechado os teatros do Rio de Janeiro por dias".


Janaina afirmou que a foto foi usada por Regina em um contexto diferente. A juíza Keyla Blank, responsável pelo caso, considerou procedente parte do pedido e ordenou a remoção do post, além do pagamento de uma indenização de R$ 30 mil (corrigidos monetariamente) e a publicação de uma retratação "em que explicita que Leila Diniz nunca apoiou a Ditadura Militar e que a fotografia utilizada no conteúdo infringente foi, na verdade, feita em um contexto de oposição ao regime e à censura".

Em uma publicação no Instagram, Regina declarou:

"

"Preciso partilhar com vocês a condenação que sofri em 07 de março de 2024, pelo Juizado de Pequenas Causas do Foro do Rio de Janeiro. Retrato-me aqui agora, em consequência de uma publicação que fiz no Instagram. O vídeo incluía a emblemática foto em que aparece minha amiga Leila Diniz, uma das mais queridas atrizes deste país, que nos deixou aos 27 anos em 14 de junho de 1972. Eu era sua fã e amiga!

Ao publicar em 23 de dezembro de 2022, a matéria/vídeo , que incluía , entre outras, uma foto de domínio público já amplamente divulgada em jornais, livros e internet, eu pensava estar ressaltando o valor e a força da mulher, através daquele grupo de atrizes que eu amava, respeitava e eram para mim um exemplo: lutavam por seu direitos democráticos e liberdade de expressão.

O que fiz foi na maior boa fé. Jamais imaginei que alguém pudesse interpretar meu post de forma diferente ou sentir-se prejudicado. Apaguei o vídeo em 10 de março de 2024 e hoje, aqui e agora, penitencio-me por ter usado uma imagem captada em 1968 referindo-se, no vídeo, a um movimento das brasileiras em 1964. Segue então , de forma integral, a sentença dada por juiz leigo e homologada pela Juíza Keyla Blank do 6º. Juizado Especial Cível - RJ".

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