O músico Junior Lima abriu o coração durante a participação no programa "Domingão do Huck", exibido neste domingo (10). Em conversa com o apresentador, ele revelou ter passado momentos difíceis após o fim da dupla com a irmã Sandy, chegando a encarar a síndrome do pânico.
Pela primeira vez na carreira, Junior Lima vai se lançar em um projeto como cantor solo. Essa nova fase fez o artista relembrar dramas do passado. "Eu tive uma fase muito difícil, que foi de permitir as emoções entrarem. Eu, até então, me blindava muito e ignorava as coisas que eu sentia", contou.
Ele revelou que após o fim da parceria com a irmã, sem a rotina pesada dos shows, precisou de muita reflexão e introspecção. "Eu achava que estava tudo certo, tudo sempre muito bem. Levava de uma maneira muito leve, achando que eu não sentia os efeitos colaterais. E, aí, quando acabou a dupla, que a coisa veio forte. Então, eu tive um período de síndrome do pânico. Eu tive uma fase bem difícil".
Na conversa com Luciano Huck, Junior admitiu que o novo projeto solo é transformador porque ele sempre fugiu da posição de protagonista. "Fiz muita análise. Eu levei, desde então, [esse tempo] pra ter coragem de encarar um trabalho como esse, de fazer um trabalho como cantor. Eu sempre acabei fugindo um pouco desse lugar".
Até então, o filho de Chitãozinho nunca tinha encarado a missão de cantar sozinho, nem mesmo em outros projetos sem a irmã. "Eu era sempre um músico, um produtor. A parte do canto era uma porcentagem muito pequena. Eu não queria ser o protagonista. Eu estava sempre atrás de algum instrumento, dentro de um contexto onde eu me sentia mais seguro", confessou.
Luciano Huck também contribuiu com a reflexão, apontando que "o projeto solo é um pouco da sua cura, de talvez conseguir administrar a saúde mental. É um ato de coragem. É o encarar".