Princesa Diana: Harry diz que só chorou a morte da mãe 16 anos depois
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Princesa Diana: Harry diz que só chorou a morte da mãe 16 anos depois

O príncipe Harry, filho mais novo de Diana Spencer e do atual rei Charles III, revelou os bastidores do luto pela morte da mãe, que sofreu um acidente fatal em 1997. Na minissérie da Netflix "Heart of Invictus", o herdeiro da realeza britânica revelou que só conseguiu chorar pela perda após 16 anos da tragédia.

Em 1997, Diana Spencer estava em Paris, quando o carro que a levava tentou se livrar dos paparazzis que a perseguiam. O carro trafegava em alta velocidade e o motorista perdeu o controle da direção, batendo contra uma coluna na passagem subterrânea perto da Pont de l'Alma, em frente à Torre Eiffel.

Diana e o atual companheiro da época, o herdeiro Dodi Fayed, assim como o motorista, morreram devido à gravidade das lesões. Príncipe Harry tinha apenas 12 anos quando a tragédia vitimou a mãe.

"Eu tive um período na minha vida em que não entendia isso, mas o trauma da perda da minha mãe aos 12 anos me fez passar todos esses anos sem [expressar] emoções, incapaz de chorar e sentir", desabafou o marido de Meghan Markle. "Foi somente muito tempo depois, aos 28 anos, que uma circunstância desencadeou algumas lágrimas, como se alguém me agitasse e tudo viesse à tona... Foi o caos. Minhas emoções se dispersaram por todos os lados e eu só conseguia pensar: 'Como eu controlo isso?'".

O herdeiro da família real britânica refletiu sobre o tratamento com terapeuta. "Eu fui de um vazio a um turbilhão de emoções, então precisei de um recipiente para me conter, com a tampa aberta. Meu terapeuta me disse: 'Você escolhe o que pode entrar, o resto deve ficar de fora'". 

A minissérie da Netflix enfatiza os danos psicológicos causados em militares que experienciam a guerra. Na produção, Harry também desabafou sobre não ter sido amparado psicologicamente pela família quando ele retornou do conflito. O herdeiro serviu no Afeganistão. 

"Eu não tive o apoio, a estrutura, os contatos ou a assistência de especialistas para entender o que estava acontecendo comigo", lamentou. "Infelizmente, como acontece com muitos, a busca por terapia só acontece quando já estamos no chão, em posição fetal, arrependidos por não termos enfrentado essas questões anteriormente. Isso é algo que eu gostaria que mudasse".



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