Bruna Linzmeyer contou que sofreu lesbofobia enquanto era tratada com uma psicanalista, entre 2014 e 2018. A atriz revelou que denunciou a psicóloga e relembrou o impacto negativo por realizar sessões com a mulher, que dizia que ela não é lésbica.
A artista expôs que fez um alto investimento para contratar a psicanalista, considerada requisitada na área. "Ela foi super indicada. Não tinha nem horário para me atender, mas eu insisti. Era uma fortuna a consulta, e várias pessoas conhecidas vão nela", declarou ao podcast "Quem Pode, Pod", apresentado por Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank.
Linzmeyer ainda recordou que chorava durante relações sexuais por conta da lesbofobia da psicóloga. "Fiquei quatro anos com essa mulher. Parei de dançar, de escrever. Não conseguia mais transar direito, eu gozava e chorava. Ela era muito lesbofóbica comigo. Ela me interrompia e falava: Você não é lésbica'. Inclusive, eu a denunciei para o Conselho Regional de Psicologia", disse.
Bruna também comentou o processo de se descobrir como uma mulher lésbica. "Um dia senti tesão por uma mulher e dei em cima dela. Ela entendeu, ficou muito claro. A gente ficou, transou e ela foi minha primeira namorada. Depois que comecei a namorar, entendi que desse ponto para trás, já era sapatão há muito mais tempo", afirmou.
A atriz ainda recordou a relação com uma mulher antes de assumir a sexualidade: "Mesmo naquela época, não enxergava essa amiga e essa relação como amorosa. Isso se chama heterossexualidade compulsória. A gente é criado para ser hétero. Ninguém sai do armário falando que é hétero. Vemos isso nas novelas, nas ruas. Fui hétero durante muito tempo por não ter tido a possibilidade de escolher outra coisa, vivenciar meu corpo de outra maneira e me perceber de outro jeito".
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