Rosalba Nable, 59, mãe de Isis Valverde usou o Instagram para desabafar sobre o etarismo que está sofrendo desde que anunciou namoro com Bruno Shina, de 33 anos.
"Eu tenho um nome: Rosalba. Nasci em 05/11/63, portanto, não tenho 57 anos, tenho 59. Sou pedagoga, bacharel em Direito(não sou advogada), tenho 3 especializações, sou concursada e trabalho há 32 anos no TJMG. Fui casada por 29 anos e tenho uma filha. Já sou avó. Sou também totalmente independente, livre, solteira - soletrem - S O L T E I R A e não devo nada a ninguém. Tenho uma identidade. Uma personalidade forte e consolidada. Boa saúde, exames e plano de saúde em dia e passo bem, obrigada", iniciou o texto.
Ela continuou o texto reclamando sobre os comentários preconceituosos que vem sofrendo: "Virei assunto por ser 'mãe'. Fato. E outra, eu não preciso que me 'defendam', não. Posso fazer isso sozinha. Mas neste caso, me 'defender' de quê mesmo? Fiz algo errado? Prejudiquei alguém? Estamos falando de etarismo em 2023. Este é o tema que merece o foco. Não sou eu. E me veio a lembrança de minha mãe, que foi prefeita, diretora e professora. Uma mulher de inúmeras qualidades. Mas que também foi a primeira mulher divorciada dessa cidade - o detalhe importantíssimo que era mencionado antes de qualquer coisa, quando falavam dela. E vejo que nada mudou nesses anos todos".
"Sofremos hoje, 4O anos depois, preconceitos. Olhem a proporção que tomou isso tudo só pq estou viva, plena e feliz. Não pode???? Quem disse??? E ainda há quem sussurre que foi proposital, que 'é só não publicar'. Gente, a página é minha. Faço o que quiser. Publico o que eu desejar. Apago quanto bem entender", complementou.
E ainda afinetou: "Tenho Instagram desde 2017, ou seja, há seis anos, sem nenhuma intenção de chamar a atenção de absolutamente ninguém. Que chato ser julgada por pessoas que nem me conhecem. A sorte é que tais julgamentos não acrescentam absolutamente nada em minha vida. Nem tiram. Só que esses holofotes preconceituosos acenderam, mais uma vez, a fogueira que nos queima, desde sempre. Muitas mulheres se sentiram machucadas, ofendidas e magoadas e vieram aqui se unir. A ferida que nunca fecha, sangra. A dor mundial que nos anula e nos coloca sempre pra baixo - sempre culpadas, sempre atacadas - nunca vai parar de doer".
No fim, Rosalba disse que não vai parar de falar sobre o assunto. "Enfim... Apesar de não estarmos mais na idade média, esse tempo todo não é suficiente para que sejamos vistas com o mínimo de respeito. Pois bem, somos 35,6k. Eu não vou me calar. Não vamos nos calar. Nos deixem em paz".