Marco Pigossi
Reprodução / Instagram / @marcopigossi
Marco Pigossi

Marco Pigossi esteve no “Conversa com Bial” desta terça-feira (13). O ator contou como foi o processo de se assumir gay publicamente e do relacionamento com o cineasta italiano Marco Calvani.

O ator questionou o porquê de um corpo homossexual ainda precisar passar por coisas que o heterossexual não. "A gente continua lutando por Direitos Civis, pelo direito à existência, pela ausência de preconceito e um monte de questões sociais. Quanto mais a gente fala, expõe e mostra essa autoaceitação, mais natural a gente faz o caminho para as próximas gerações. Sou eternamente grato às gerações que vieram antes de mim, que passaram por coisas que eu não consigo nem imaginar. Até o dia que a gente não vai precisar mais colocar, aí vai ser o mundo perfeito", desabafou Marco.

O artista mudou para os Estados Unidos para focar na carreira internacional e foi lá que ele conheceu o atual namorado. "Vai fazer três anos que a gente se conheceu em Los Angeles, em outubro de 2020. Ele morava em Nova York e, depois, a gente veio morar junto aqui", contou.

Marco Pigossi e namorado
Reprodução / Instagram / @marcopigossi
Marco Pigossi e namorado

Marco ainda comentou o medo que tinha de se assumir gay e perder papéis. "Nunca foi uma coisa direta, nunca me foi pedido que isso fosse aberto ou falado sobre. Mas era velado, a partir de relatos, conversas e coisas que eu ouvia das pessoas. E isso é um pensamento super antigo, porque a gente mostrou através de outros atores que isso é uma grande besteira. O trabalho de atores e atrizes vai muito além disso".

Ele disse que tinha receio de como seria a reação das pessoas. "A gente tem muito medo de como isso vai ressoar para as pessoas ao redor. E a gente acabava ouvindo coisas dos próprios pais, que vem de um lugar total de amor e proteção, que é aquele discurso 'eu tenho muito medo que você sofra'. E isso já causa na gente um medo de existir por si mesmo, que é onde a gente tem medo do que as pessoas vão achar. E, para mim, foi um processo diferente, porque esse processo de autoaceitação e me reconhecer como homossexual passou por um lugar muito diferente, porque era público. Era para um país inteiro. Eu tinha um medo profissional muito grande.", finalizou.


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