Yasmin e Talitah Sampaio produzem conteúdo de
Reprodução/Instagram - 11.05.2023
Yasmin e Talitah Sampaio produzem conteúdo de "mãe e filha" no perfil "Sampaio Girls"


Talitah Sampaio estampa um sorriso de orelha a orelha ao falar das conquistas alcançadas no período do Dia das Mães de 2023. O trabalho como influenciadora a permitiu desde pagar contas atrasadas até promover a estabilidade para a filha, Yasmin, após muitas mudanças de endereço. Apesar do esforço que garantiu o crescimento do perfil “Sampaio Girls”, compartilhar os vídeos diários da rotina como mãe solo já afetou a vida profissional da paulista.

Em entrevista ao iG Gente, Talitah conta que a decisão de mostrar a própria realidade da maternidade solo “sem filtro” a fez perder trabalhos nas redes sociais. “Isso afasta marcas [...] Para o Dia das Mães, várias marcas fizeram um orçamento [de publicidades] com a gente, mas eles queriam que nós fizéssemos de graça. Entro no perfil delas e fecharam com outras influenciadoras, que não são mães”, diz a produtora, que atua na internet há 13 anos.


Sampaio lamenta a decisão de empresas excluírem mães solo de ações, expondo como já teve o trabalho desvalorizado ao receber propostas com um cachê menor que outras influencers ou sugestões de parcerias ao invés do acordo financeiro. “Isso é um erro das redes sociais. Porque as pessoas não monetizam direito os seus vídeos. Então as marcas acabam dando menos valor para os criadores de conteúdo”, analisa.

Em paralelo aos “vlogs” com a filha, a influenciadora especializada em moda atua como freelancer em projetos de redes sociais e observa a dificuldade de encontrar oportunidades no mercado digital. “As empresas não se interessam em contratar mãe solo. É uma realidade que as pessoas até me atacam muito ‘hate’ quando falo, de eu estar ‘fazendo drama’. Mas nenhuma entrevista que fiz durante esses anos que estou na internet, fui contratada”, expõe.

+ Entre no  canal do iG Gente no Telegram e fique por dentro de todas as notícias sobre celebridades, reality shows e muito mais!

“Já escutamos respostas como ‘não é o tipo de família que procuramos’, quando mandava muitos projetos para as marcas. Hoje não faço mais isso, porque estou tentando outro caminho agora que o ‘Sampaio Girls’ cresceu e recebemos monetização do TikTok. Estou tentando obrigar as marcas a dar valor para a gente”, pontua sobre a evolução da página, que acumula mais de 300 mil seguidores no Instagram e quase 3 milhões no TikTok.

A monetização na plataforma mais popular de Sampaio foi de extrema importância para a mudança da vida de Talitah, que relata conseguir pagar o aluguel e a escola da filha de 13 anos apenas com o atual retorno financeiro da rede social. “O trabalho na internet é muito incerto. Tem mês que você ganha, tem mês que você não ganha. Você pode ganhar uma bolada, mas depois não ganhar mais por meses”, pondera.

“Hoje melhorou um pouquinho com a monetização do TikTok. Recebemos um valor mensal e estamos bem melhor. É muito bom saber que mês que vem vou ter o mínimo ali para pagar meu aluguel. Isso é uma coisa que a gente nunca tinha vivenciado, essa paz de espírito é quase parecida com um salário mensal”, compartilha.

@talitahsampaio

Fomos descobrir se o restaurante da hello kitty 2d alimenta mesmo nossa patricinha e cabelo da yasmin

♬ som original - Sampaio Girls


A influenciadora explica que já foi expulsa de duas casas e viu na internet uma possibilidade de encontrar estabilidade profissional entre as mudanças com a filha. Talitah deu os primeiros passos na web com um blog para divulgar uma loja de roupas infantis e passou a se aventurar no YouTube com tutoriais de maquiagem e customizações no estilo “Do It Yourself”.

Sampaio reconhece que está há mais tempo na internet do que outros influenciadores conhecidos, como Bianca Andrade, e diz já ter questionado o porquê de não ter um crescimento maior como colegas da área. “Conversando com a minha psicóloga, entendi que tem o fato de eu ser mãe solo. Tenho outras prioridades”, admite.


“Alguém que não é mãe e começa a ganhar bem, já consegue viajar. O que é um conteúdo maravilhoso, isso bomba e é muito legal. Agora se eu ganhei bem, pus a minha filha em uma escola melhor. Isso ninguém liga”, exemplifica. Sampaio destaca que não via mães solo na web para se inspirar e tinha “vergonha” de se encaixar nesse rótulo. Isso influenciou a decisão de compartilhar conteúdos para além do padrão de “família perfeita” e ajudar outras mães.

Mostrar os “perrengues” e desafios reais da maternidade solo fez com que, há um ano, Talitah Sampaio formasse uma comunidade e alcançasse um patamar mais próximo do “sonho de viver da internet”. No entanto, uma cirurgia de emergência fez com que ela quase desistisse da carreira. “Foi bem difícil, foi um momento que a gente ficou bem apertada”, relembra.

+ Siga também o perfil geral do Portal iG no Telegram !

“Perdemos tudo que a gente estava começando a conquistar, as marcas pararam de procurar de novo, minhas redes todas caíram. Fiquei três meses de recuperação [...] Destruiu meu engajamento. Hoje, os stories da ‘Sampaio Girls’ batem 100 mil [visualizações] por dia. Meus stories estavam batendo 900 pessoas, um ano atrás, porque eu tinha parado de postar”, comenta sobre o período após realizar um procedimento para tratar a endometriose.

Sampaio expõe que o apoio da filha foi essencial para que ela não desistisse da vida de influencer. “A Yasmin falou: ‘Não, mãe, não faz isso. Como vamos conquistar as coisas que a gente quer? [...] Ela é uma filha maravilhosa. A gente criou essa cumplicidade diante de tudo que passamos, o que gerou muitos traumas”, avaliou.

O incentivo de Yasmin ocorreu em paralelo a uma “pauta de família”, em que Talitah determinou que as duas focariam na produção dos conteúdos de “mãe e filha” nos vídeos diários. “Fiz uma análise das minhas redes sociais e vi que nosso conteúdo mais forte é o vlog mãe e filha. Ela tinha pedido para gravar, sabia que ela gostava. Então falei: ‘Vamos mostrar nosso dia a dia como as ‘Sampaio Girls’?”, recorda.


A influenciadora enfatiza o cuidado que tem com a exposição de Yasmin nas redes, explicando que não a mostrou a filha nas redes até ela expressar vontade e entender os planos de vida dela. Entre o apoio e ideias dadas pela filha, Talitah ainda diz que lida com muitos comentários de ódio nos perfis, mas que a adolescente lida melhor com o “hate” do que ela.

“A gente cresceu com a internet e passou por muitos momentos, o que acabou gerando para ela um botãozinho do ‘não ligo’. Ela simplesmente não liga para os comentários [negativos]. Fico desesperada e chateada por recebermos muito 'hate' e ela não está nem aí, não se importa mesmo, acho maravilhoso. É algo que ela criou da vivência que teve todos esses anos”, reflete.

+ O "AUÊ" é o programa de entretenimento do iG Gente. Com apresentação de Kadu Brandão e comentários da equipe de redação, o programa vai ao ar toda quarta-feira, às 12h, no YouTube, com retransmissão nas redes sociais do portal.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!