O início dos anos 2000 marcou um período de ampla projeção na trajetória profissional de Rodrigo Santoro. Além de conquistar o espaço no cenário nacional estrelando filmes e novelas, o ator também se lançou na carreira internacional, trabalhando em produções como “As Panteras Detonando” (2003) e “300” (2006).
Cerca de 20 anos após os primeiros projetos no exterior, Santoro apresenta um nome consolidado fora do Brasil e diversos trabalhos entre o cinema e a televisão, de "Ben-Hur" a "Westworld". Entre os passos mais recentes na indústria mundial está “Wolf Pack”, série do universo “Teen Wolf”, que estreia em 27 de janeiro e traz Santoro no elenco como Garrett Briggs.
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Em entrevista exclusiva ao iG Gente, o brasileiro analisa a diferença de cenários desde o começo da carreira e reconhece que tem o espaço para interpretar personagens “mais complexos” aos 47 anos. “Hoje eu consigo ter oportunidades de fazer personagens mais complexos, de humanizar mais os personagens, personagens com espaço. Isso se transformou muito desde que comecei a trabalhar fora”, afirma.
Rodrigo cita que, cerca de 16 anos atrás, se deparava com um mercado internacional “muito fechado” para estrangeiros. “Os personagens eram bastante estereotipados e a oportunidade muito escassa. O streaming e a globalização fizeram uma revolução [...] Hoje tem muito mais oportunidade e as portas estão mais abertas para os estrangeiros, não só os brasileiros”, reflete.
O ator ainda admite que existe um “longo caminho pela frente” em “inclusão e diversidade” na área, mas expõe como detalhes em trabalhos internacionais recentes exibem a mudança do mercado. “O fato do personagem que estou fazendo agora ter sido escrito como Garrett Briggs e não virar o ‘Juan de Sousa’, ou alguma coisa assim, é uma vitória”, pontua.
Esta não é a primeira vez que o astro se depara com uma “vitória” no quesito dos nomes dos personagens, já que viveu “Joel Kelly” em “Reprisal”, série de 2019 da plataforma americana Hulu. “Não que isso seja tão importante, mas é um reflexo do que está acontecendo”, comenta o ator, que também analisa o fato de ter estreado no gênero do drama adolescente e sobrenatural com “Wolf Pack”.
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“É novo para mim, nunca fiz nada do gênero, o que foi um desafio interessante. Gosto de me tirar da zona de conforto, então, é uma autoprovocação [...] Quando li [o roteiro], gostei da personagem, então isso tem que acontecer”, afirma. Santoro ainda entrega que dois fatores o atraíram ainda mais ao papel: a questão ambiental explorada na trama e o fato de Garrett ser pai de uma adolescente.
“São adolescentes com uma condição particular. Sou pai de uma menina de 5 anos, mas imagino que a adolescência é uma fase muito desafiadora. E agora adolescentes, parte humanos, parte animais, imagino que seja mais desafiador ainda. Então o Garrett sua a camisa”, pondera, se referindo a Nina, fruto do relacionamento com a esposa, a atriz Mel Fronckowiak.
“A questão ambiental eu já sou muito conectado. Apesar de termos lobisomens, a história é sobre as consequências do rompimento, da separação que o homem fez da natureza e o que isso gera. As criaturas sobrenaturais são resultados dos nossos equívocos ambientais. Então tem uma questão ambiental muito grande na essência disso”, conclui sobre o seriado inédito.
Além de Rodrigo, integram o projeto da Paramount+ atores como Armani Jackson, Bella Shepard, Chloe Rose Robertson, Tyler Lawrence Gray e Sarah Michelle Gellar. Confira abaixo o trailer da série:
+ O "AUÊ" é o programa de entretenimento do iG Gente. Com apresentação de Kadu Brandão e comentários da equipe de redação, o programa vai ao ar toda sexta-feira, às 12h, no YouTube, com retransmissão nas redes sociais do portal.