Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-RJ) conduzem, na manhã desta terça-feira, o cantor e rapper Filipe Cavaleiro de Macedo da Silva Faria, mais conhecido como Filipe Ret, de um resort de luxo em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense, para sede a especializada, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. O artista está sendo autuado por porte de drogas por ser flagrado com substâncias ilícitas durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em cinco de seus endereços.
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De acordo com o delegado Marcus Amin, titular da DRE, um inquérito foi instaurado para investigar o rapper pelo crime de tráfico de drogas, após ele oferecer um “open beck" ou "open maconha” em sua festa de aniversário, no dia 23 de junho, no Vivo Rio, na Zona Sul da cidade. Em imagens postadas nas redes sociais pelo próprio artista, ele segura um balde azul com o que parece ser cigarros da droga dentro. A partir das apreensões desta manhã, serão identificados todos os envolvidos no crime.
Além de quatro endereços em bairros da Zona Sul, como Flamengo, Glória, Laranjeiras e Catete, a casa de shows também foi alvo dos mandados. Na decisão, a juíza Simone de Faria Ferraz, em exercício na 23ª Vara Criminal, determinou que fossem recolhidos do local equipamentos eletrônicos, como computadores e HDs, que se refiram à festa de aniversário de Filipe Ret. Segundo os investigadores, no entanto, a administração do estabelecimento se negou a fornecer a íntegra das imagens do evento.
O inquérito foi instaurado para investigar o rapper pelo crime de tráfico de drogas quando as imagens viralizaram no Instagram. O crime de tráfico de drogas está previsto no artigo 33 da Lei 11.343 de 2006, que descreve diversas condutas que caracterizam o ilícito, proibindo qualquer tipo de venda, compra, produção, armazenamento, entrega ou fornecimento, mesmo que gratuito, de drogas sem autorização ou em desconformidade com a legislação pertinente.
Nas postagens no perfil do cantor, no fim de junho, outros artistas chegam a mencionar o "open maconha". "Rodízio de baseado", escreve o também rapper Patrick Silva, o PK Delas. "Baldin da alegria", diz outro cantor.
No sábado (16), o cantor se apresentou em Cuiabá, em Mato Grosso, e disse que houve atraso no início de sua apresentação no evento É o Trap é o Funk porque a Polícia Militar local revistou todo o seu camarim. Os shows ficaram paralisados por duas horas e dois cantores não puderem subir ao palco por conta do horário.
“Não aconteceu nada, os caras [polícia] não encontraram nada, só foram para atrasar o evento”, afirmou Ret.
Segundo o G1, a Polícia Militar disse que dava apoio a uma fiscalização de poluição sonora e de extrema perturbação do sossego público, junto com outras forças de segurança e a Prefeitura de Cuiabá. O GLOBO tenta contato com a defesa do rapper.
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