Os herdeiros da marca Gucci ameaçaram, na última segunda-feira (29), apresentar uma ação judicial contra o filme "Casa Gucci", do diretor Ridley Scott. O motivo é que eles não ficaram nada contentes com a maneira como seus antecessores foram retratados no longa-metragem.
O filme é baseado em um dos acontecimentos mais marcantes da década de 1990 na Itália, o assassinato de Maurizio Gucci, herdeiro da marca, a mando de sua ex-esposa, Patrizia Reggiani. Na trama, o casal é interpretado por Adam Driver e Lady Gaga.
"A família Gucci reserva-se o direito de tomar qualquer iniciativa para proteger seu nome e imagem, assim como os de seus familiares", diz uma carta publicada pela agência de notícias italiana ANSA e assinada pelos herdeiros de Aldo Gucci (1905-1990), fundador da grife de luxo. O texto afirma ainda que os herdeiros se sentiram particularmente ofendidos com a descrição de Patrizia: "Uma mulher condenada por ordenar o assassinato de Maurizio Gucci, [apresentada] como vítima".
Em nota, os familiares também lamentaram que Aldo Gucci e seus parentes foram retratados como "hooligans, ignorantes e insensíveis ao mundo a seu redor. Até o momento, o cineasta Ridley Scott não respondeu ao clã. Atores que integraram a obra também não se posicionaram sobre o assunto. Apesar das reclamações, desde 1990, a família Gucci não é mais responsável pela marca de luxo. Atualmente, a empresa pertence ao grupo francês Kering, fundado pelo bilionário François Pinault.