Gracyanne Barbosa avalia a saída da União da Ilha como prejuízo financeiro e emocional. A influenciadora fitness era rainha de bateria da escola de samba há três anos, e ficou sabendo que perdeu o posto por um comunicado da agremiação nas redes sociais na quarta-feira (3).
Ela justificou a saída para os fãs e seguidores contando que não abandonou a escola, e sim, que foi pega de surpresa. “Tudo bem que os ventos mudem de direção, mas quando ele vem na sua cara e te joga para longe é pesado. E em nenhum momento sinalizaram que não me queriam. Foi o inverso", disse nas redes sociais.
Ao g1, ela contou que estava com compromissos para 2022. "Estava tudo certo. Já estava atendendo aos pedidos de compromissos para o carnaval de 2022, fui à escolha de samba, foi tudo maravilhoso”, disse.
Logo após a notícia, Gracyanne contabilizava as perdas. Ela contou que já havia negociado e entregado camisas da bateria, que já estava com o croqui da fantasia em mãos e que se sentiu usada e descartada pela escola.
“Fiz as camisas para 2022 de acordo com o molde que o mestre de bateria pediu. Corri atrás de parceiros. Agora fica o prejuízo da palavra de uma parceria, que realizamos pautados na palavra que foi dada que seria utilizada por longo tempo", disse.
"Espero que meus amigos da bateria usem no seu dia a dia e que guardem como recordação do nosso elo de amor, carinho, respeito e gratidão. Vou guardar a minha com muito carinho e será uma forma de sempre lembrar dos meus ritmistas e mestres”, contou.
Sobre o emocional, Gracyanne contou que se sentiu ferida pelo modo em que saiu da escola. “Para mim, foi um soco no estômago. Como rainha, você se sente poderosa com sua comunidade e bateria. Mas, diante dos dirigentes, acabamos nos sentindo extremamente estranhos. É um misto de falta de afeto, tato, carinho, respeito e valor", disse.
"Se fosse pelo menos fosse um telefonema, pensaria que era um trote inspirado no Round 6. Algo do tipo: ‘Hoje você é a eliminada”. Mas e se eu contar que nem telefonema teve? ”, disse em tom de ironia.
Planos para 2022
Gracyanne, que desfila nos carnavais do Rio de Janeiro e São Paulo desde 2007, não sabe se ficará de fora do carnaval de 2022. Ela diz que pensa em organizar um bloco de carnaval em 2023 para protestar contra o machismo.
“Ainda não sei como será em 2022. Mas acho que vou desde já reunir um time de amigas do carnaval e pensar em criar um enredo sobre o machismo para o Carnaval 2023. Um enredo pautado em fatos reais. Para quem sabe, escancarando, podermos desfilar nossos corações e nossa alma com mais segurança”, diz.