Levar o drama dos refugiados para o horário das seis fez de “Órfãos da terra” uma novela ousada, e é mérito das autoras a dosagem certeira da informação com a ficção: "Por mais que as imagens dos noticiários sejam fortes e nos emocionem, ainda assim, vemos refugiados com distância. Por isso, talvez o mais importante tenha sido aproximar o olhar de milhões de espectadores dessa realidade, revelando como uma pessoa em situação de refúgio é tão parecida com cada um de nós", diz a autora Thelma Guedes.
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Boa coincidência foi ver justamente em " Órfãos da Terra " um ator refugiado brilhando: Kaysar Dadour . O sírio, que interpretou o capanga Fauze, também se surpreendeu com o tamanho de seu papel. "Achei que depois que o sheik morresse ia acabar minha participação. Graças a Deus, consegui mais e mais", celebra o ex-BBB e agora ator.
"Achei incrível trabalhar na novela e estudei muito, estou fazendo fono e aula de português. Quero continuar atuando. Quem sabe um dia faço um outro personagem que não seja estrangeiro?", sonha Kaysar, que não quer saber de férias: "Estou na ' Dança dos Famosos ', não é moleza, e quero continuar estudando. Férias, eu tiro daqui a 50 anos (risos)".
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Torcida para seguir na profissão ele já tem. "O crescimento de Fauze na trama se deve única e exclusivamente ao excelente desempenho de Kaysar. Além de extremamente carismático, ele demonstrou talento para a atuação. E a vivência dele como sírio e como uma pessoa em condição de refúgio ajudou bastante os outros atores. Acreditamos, sim, que ele tem um grande futuro na carreira artística", elogia a também autora Duca Rachid.
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Já ela quer, sim, um merecido descanso: "Quero descansar, ler, ir ao teatro, ver a séries que não consegui ver e dormir!", comenta a autora de " Órfãos da Terra "