A polêmica parece estar longe do fim. Depois que o iG Gente revelou que candidatas estavam tentando usurpar o sistema de votação do Miss Bumbum 2017 na última segunda-feira (2), a organização reconheceu que o sistema não era à prova de fraudes e anunciou, dois dias depois, a punição de seis candidatas por tentar ou fraudar a votação online com o uso de robôs.
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As candidatas punidas foram Pietra Maya (Paraná), Rosie Oliveira (Amazonas), Hellen Cristyan (Maranhão), Jane Ferreira (Pernambuco), Nayara Godoy (Goiás) e Grazy Alves (Bahia). Algumas delas procuraram a reportagem para reclamar que a punição (perda de 40 mil votos para cada uma delas) foi “aleatória”. A organização do Miss Bumbum nega.
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“Por que se eu estivesse roubando eu denunciaria?”, indaga inconformada Jane Ferreira , uma das candidatas que procurou o iG Gente no início da semana. “Eu não falei mal do concurso. Acreditava na seriedade [...]Odeio injustiça”.
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À reportagem, Jane sugere que não houve investigação e que ela foi punida em represália por ter denunciando. “E eles não tiraram pontos de todas as que estavam roubando”, provoca sem indicar quais seriam essas outras candidatas.
Pietra Maya , que liderava a disputa no momento em que a matéria apontando supostas fraudes foi veiculada, se disse vítima em entrevista ao iG Gente e, assim como Jane, queixou-se de não ter sido notificada pela organização e só ficar sabendo da pena a ela imposta pela mídia. Mas se disse “feliz” de mesmo depois da perda de pontos seguir entre as classificadas para a finalíssima que ocorre em 6 de novembro.
Judicialização
Grazy Alves externou tristeza com a “punição incorreta”. “Entre em contato com o Cacau (Oliver, idealizador e organizador do concurso) e ele não me respondeu aí entrei em contato com um advogado para falar com ele. É como se ele não estivesse nem aí para o fato de eu estar certa”.
O advogado em questão é Rogério Mattos, que advoga na Bahia estado representado por Grazy no certame, e que também foi ouvido pela reportagem. “Já conversei com o Cacau e vou enviar uma notificação extrajudicial”. A ideia, observa Mattos, é resgatar a isonomia do concurso. Para ele, a discussão não é nem se houve ou não investigação. “A partir do momento que se anuncia a punição às candidatas, se reconhece que houve fraude”. O advogado vai pleitear que a votação seja zerada e que a organização contrate uma auditoria para garantir a lisura do processo. “Não é justo tomar o dinheiro da inscrição das candidatas e não entregar um processo justo e transparente”, argumenta o advogado.
A organização diz que o departamento do site que computa os votos averigou e atestou as irregularidades e que apenas “as candidatas que possuíram irregularidades na análise pelo uso ou tentativa de robô, tiveram a penalidade”. O advogado de Grazy não afasta a possibilidade de um acordo com a organização. “Eu estou na minha razão. Eu sei o que eu estou falando. Sempre fui contra essas coisas de aplicativo. Fui acusada injustamente”, reforça Grazy Alves.