A X9 Paulistana desfilou pelo Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo, esse ano, no último domingo 19. E o desfile da agremiação foi marcado por uma polêmica: o presidente da escola de samba, Mestre Adamastor, proferiu uma fala racista. Deste modo, na última terça-feira (22), a Liga de Carnaval do estado se pronunciou sobre a declaração.
"Como organizadora de uma festa cuja identidade é essencialmente negra e enquanto representante do samba em São Paulo, a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo vem a público para se opor às falas de cunho racista, manifestadas por falta de conhecimento durante o início do desfile da X-9 Paulistana, no último domingo (19)", iniciou nota publicada no Instagram.
"A Liga-SP não compactua com a fala equivocada de um presidente, manifestada durante o Carnaval SP 2023, e vai tomar as medidas cabíveis internamente", completaram.
+ Entre no canal do iG Gente no Telegram
e fique por dentro de todas as notícias sobre celebridades, reality shows e muito mais!
Antes da agremiação entrar na avenida, Mestre Adamastor convocou membros da escola de samba e pediu que eles levantassem a mão e fechassem o punho. O presidente, então, perguntou se eles sabiam o que significava o símbolo. "Porr* nenhuma", respondeu ele. "Se a gente não cantar, a gente tá morto com farofa. Essa é a real", completou.
Depois da repercussão negativa da declaração, a es cola de samba classificou a situação como um mal-entendido e o Mestre Adamastor se desculpou.
"Eu tive a infelicidade de usar um termo que hoje eu aprendi que faz parte do princípio da resistência negra. Jamais passaria isso pela minha cabeça de uma fala de ofensa, provocação. [...] Que as pessoas usem esse meu erro, para que estudem sobre o tema", disse ele.
+ Assista ao "Auê", programa de entretenimento do iG Gente