Alan, o catarinense tranquilo, chega à final sem grandes atributos a apresentar como jogador e no histórico do reality, mas soube se fazer tolerável em uma edição marcada por muita e generalizada rejeição
Em um “BBB” sem grandes emoções e com personagens pouco apaixonantes faz todo o sentido do mundo que Alan seja finalista. O brother que ficou com Hana e depois viveu um clima de romance não assumido com Carol, com quem se estranhava nos primeiros dias, passou a se posicionar melhor no jogo nas últimas semanas , mas de maneira geral sua atuação foi indigna de grandes adendos.
O empresário de 26 anos soube se esquivar de polêmicas e misturar-se à paisagem e em um “BBB” em que o público não simpatizou com ninguém, ser parte da paisagem é bom sinal. O ponto da virada para Alan veio na quarta semana no paredão em que polarizou com Diego, eliminado com 52,47%.
O catarinense recebeu 42,93%. Isabella completava esse paredão. Ali Alan, acusado de machista antes do programa começar por conta de algumas postagens em redes sociais, encarnou a resistência dessas mesmas redes sociais ao Villa Mix e particularmente a Diego, que dias antes fizera um comentário homofóbico.
Leia também: Expulsão de Hariany dá ar melancólico ao fim do "BBB" mais problemático de todos
A partir daí o empresário, que nunca escondeu mais afinidade com o grupo de Gabi, Rodrigo e Rízia, passou a ser o “macho modelo” em um ambiente em que todos os outros foram sendo eliminados paulatinamente. Mesmo a novelinha que protagonizou com Carol teve um desfecho que não fere nenhum humor ou torcida.
Em um “BBB” em que se viu muito pouco de estratégia, Alan, mesmo nos erros, ensaiou movimentos bem pensados, como quando se aproximou do grupo formado por Carol, Hary e Paula, ou quando optou por eliminar Tereza, sendo que votava consistentemente em Hariany. Também a maneira com que cultivou a trama com Carol e os votos em Paula mais recentemente.
Leia também: Ficou no quase! Cinco vezes que o "BBB 19" flertou com a treta
Contou com a sorte, claro, para chegar à final. Não tivesse vencido as duas últimas provas de liderança, Alan dificilmente chegaria à finalíssima de uma edição que desde muito cedo se resolveu sob a égide do feminino.
