Falam muito! Saiba quem são os "militudos" do "BBB 19"
Por iG São Paulo
| 29/01/2019 14:12:48
- Atualizada às 29/01/2019 14:12:48
Participantes do reality se dividiram em grupos: Baile da Gaiola, os que se expressam politicamente, e VillaMix, os que se opõem ou se mantém neutros
Desde o impeachment da ex-Presidente Dilma Rousseff, em 2016, o País foi tomado por um tsunami político. As pessoas passaram a importar-se cada vez mais com os posicionamentos alheios e a resistir, cada um de sua forma, às diretrizes que não os agradavam. Sendo um microorganismo da sociedade, no “BBB 19” não seria diferente.
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Foto: Reprodução / TV Globo
BBB 19
Neste ano, apesar de não conversarem diretamente sobre figuras políticas, os participantes do “ BBB
19
” se dividiram em dois grupos: O Baile da Gaiola, alusão a festa de rua que une periféricos, minorias e militâncias, e VillaMix, referência à casa noturna que nega suas acusações de episódios racistas e que têm um público dentro dos padrões de beleza e de classe alta.
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Entre os militudos da nova temporada do reality show
da
Rede Globo
estão:
Foto: Reprodução / TV Globo
BBB 19
Natural de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a designer gráfica é o carro-chefe de militância dentro da casa mais vigiada do Brasil atualmente. De postura serena, vira-e-mexe, ela surpreende os telespectadores ao quebrar estigmas dentro do programa da Rede Globo
.
Em 15 dias de confinamento, Gabriela não demorou para erguer a faixa de “milituda”. Em uma conversa descontraída com Diego, o brother falou que xingou um homossexual por estar olhando seu pênis no banheiro: “cara, olha para o seu aí”, disse o participante.
Em rebate, Gabriela declamou: “Mas não foi você quem disse que é inevitável olhar para a bunda de uma mulher?”, colocando em xeque o posicionamento de Diego.
Em outro episódio, a designer corrigiu Hariany quando a sister afirmou ter “cabelo ruim”, como o de Elana. “Seu preconceito é ruim. O cabelo não”, disse à ocasião.
Foto: Reprodução / TV Globo
BBB 19
Enérgica, Hana chegou à casa mais vigiada do Brasil como promessa de militância ambulante. Vegana e Youtuber, antes do confinamento ela produziu uma série de vídeos sobre preconceito racial, maus-tratos animais, aquecimento global, incluindo um sobre a inutilidade dos canudos plásticos e seus severos efeitos colaterais na natureza.
Pertencente ao Baile da Gaiola, grupo de pessoas que se expressam politicamente no programa, Hana também sai em defesa das mulheres sempre que pode.
Foto: Reprodução / TV Globo
BBB 19
Jornalista, Rízia também é integrante do Baile. A jornalista alagoana, apesar de ficar apagada no programa, além de ser a guerreira que luta contra os padrões de beleza, a sister fez alertas interessantes sobre a ansiedade em seu confinamento. O primeiro foi um discurso em seu aniversário e o segundo em conversas informais com seus próximos.
Foto: Reprodução / TV Globo
BBB 19
Como Rízia, Rodrigo vem passando despercebido pelos telespectadores do reality show
. Ele chamou atenção, até então, apenas em dois pontos: quando foi criticado por seu ronco e levantou um debate sobre racismo e quando discursou sobre embranquecimento no Brasil.
“Existia uma ideologia do embranquecimento para melhorar a condição econômica-político-social do Brasil de que teríamos que embranquecer o Brasil”, afirmou o cientista social.
“Então, trazem pessoas europeias para cá e aí você tem uma política da sociedade e isso é história mesmo. Aí tem uma campanha pra isso. Nasce também a nomenclatura pardo. Ao invés de sinalizar que as pessoas são negras, as pessoas são pardas. Tanto que na minha certidão de nascimento está escrito pardo”, revelou o brother, que teve o apoio de Gabriela.
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Nos momentos seguintes, o participante do “ BBB 19
” Rodrigo seguiu falando sobre colorismo. “Uma pessoa negra com pele clara continua sendo negra. A grande questão é que até hoje como se coloca a cultura negra, as características negras como algo ruim, negativo, você encontra pessoas com a minha tonalidade dizendo que são morenos, chocolate, aquela palavra horrorosa mulato.”, lamentou ele, explicando que a expressão é racista por ter referência a mula, o cruzamento entre cavalo(branco) e jegue (negro).