Programa está atento e preocupado com percepção que surge nas redes sociais. Veja análise da primeira semana do "BBB 18"
A Globo ainda não se recuperou do trauma de 2017 quando se viu obrigada a intervir dramaticamente no “BBB” na esteira das sucessivas confusões envolvendo Marcos e Emilly. Ele acabou expulso, ela campeã. Mal começou a edição de 2018 do reality e algumas questões e omissões já chamam a atenção.
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A sanha das redes sociais, cada vez mais prolíferas na arte de polemizar, já ofertou ao programa comandado por Boninho e apresentado por Tiago Leifert sua primeira prova de fogo na percepção do afeto envolvendo a família Lima. A rejeição à família e acusações de assédio do pai (Ayrton) à filha (Ana Clara) fizeram com que o programa fizesse uma inusitada e inesperada interferência no jogo. O BBB avisou a família, ainda que de maneira controlada, da rejeição do público à maneira como eles demonstravam afeto entre si.
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Mahmoud indicou Ana Paula ao paredão e a razão de tamanha convicção faltou aos espectadores do programa. Ele teria se ressentido de ser chamado de “viado” pela bruxinha, que pediu desculpas. Toda essa questão ficou restrita aos espectadores do programa pelo pay per view. A Globo decidiu não exibir a cena.
É notória a preocupação da atual edição do BBB de não provocar o mau humor das redes sociais. No caso de Mahmoud parece ser um pormenor, mas o rumo do jogo mostrou que o episódio foi decisivo e a edição, temendo alguma represália dos partidários da correção política, comeu bola ao não exibir esse momento.
O fato do BBB estar na defensiva não é exatamente uma novidade ou algo muito preocupante. Um programa de TV que se organiza e resolve majoritariamente ao vivo precisa lidar com os humores de seu público e reagir a ele. O que se discute é o grau de interferência que as mais recentes medidas sugerem em um programa que sempre viveu sob a sombra de privilegiar uns e prejudicar outros.
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Articulações desastradas
Em matéria de jogo, o que se viu nessa primeira semana do “BBB 18” foi muita articulação, mas de maneira desastrada. O grupo liderado por Viegas e Caruso combinou voto em Jéssica e, como prova o histórico do programa, combinar voto em primeira semana não é visto com bons olhos pelo público do reality.
Nenhuma das justificativas para voto foi na velha conhecida falta de afinidade. O jogo é aberto e constante, mas nem tanto franco. Mara, que pode sair nesta terça-feira (30), percebeu que jogou mal e pode voltar revigorada e com gana do paredão, mas Ana Paula está defendendo melhor sua permanência no jogo. Falando sobre sexo, sublinhando o quanto Mahmoud foi intolerante e buscando entrosamento e otimismo onde encontra.
Ainda é cedo para apontar favoritos e estratégias acertadas, mas mesmo dentro do “BBB”, a percepção é de que Kaysar veste a carapuça. A única questão é que ele pode ter sido “desmascarado” cedo demais. A ver!