Convidada do “Encontro com Patrícia Poeta” desta terça-feira (15), a atriz Isabel Fillardis, de 50 anos, se emocionou ao lembrar do legado e da representatividade que Léa Garcia - que morreu hoje em Gramado, município do Rio Grande do Sul - exerceu para as atrizes negras que vieram depois dela.
Fillardis destacou que ela e Léa tinham uma relação muito próxima, tanto que trocavam mensagens todos os dias. “Eu recebia quase toda manhã mensagens dela de bom dia, de força, de ‘Como você está, minha filha?”, contou ela com a voz embargada.
“Se eu estou aqui é porque Léa abriu caminho. Eu sou porque ela é. O legado dela é imenso, incomensurável. A força que essa mulher tinha, tem, porque eu acredito que a energia fica, é de um tamanho. A gente perdeu uma grande dama, uma grande referência aqui nesse plano”, declarou.
Isabel ainda elevou a importância do pioneirismo que a veterana teve na representação de mulheres pretas na televisão, tendo em vista que ela precisou ser combatente aos mais diversos tipos de preconceitos e estigmas em uma época que o racismo era ainda mais forte.
“Ela vira nossa ancestral, principalmente para nós, mulheres pretas. Todas nós, a essa altura, sabemos a grande joia que a gente deixa de conviver, mas fica a resiliência, a força, a resistência, a altivez e o talento para que a gente possa continuar”, salientou.
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