Juliano Cazarré já responde perguntas sobre a castração de Alcides, em "Pantanal", desde a primeira coletiva de imprensa da novela, antes mesmo de a trama estrear. Cazarré também lida com a curiosidade do público e com pedidos inusitados para que o ator evite, como se ele tivesse algum poder sobre o roteiro, uma cena trágica motivada pela vingança de Tenório (Murilo Benício). No entanto, a clássica cena finalmente foi gravada, sendo parte no Mato Grosso do Sul e a continuação nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. E ela terá diferenças significativas no que se verá na tela quando comparada à versão de 1990.
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— Acho engraçada essa repercussão absurda e como há tempos saem detalhes inverídicos de como seria a cena. As pessoas me perguntam coisas sobre o Alcides, ou sobre o que vai acontecer na novela, que nem existem, ou me pedem coisas como se dependesse de mim alguma decisão e eu não estivesse lá apenas para executar (risos). A cena de castração dessa nossa versão talvez seja menos gráfica, por assim dizer, mas talvez tenha um terror psicológico maior — analisa o ator.
Na primeira versão, Alcides era vivido por Ângelo Antônio. O personagem foi amarrado e teve o órgão sexual cortado com um facão por Tenório (interpretado por Antônio Petrin). Agora, o vilão deve usar a mesma arma branca contra o peão, mas a sequência vai ser mostrada pela visão de Maria Bruaca (Isabel Teixeira), deixando algumas partes de mutilação subentendidas.
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— No último sábado, dia 6, gravei até as oito da noite uma cena posterior, em que Alcides está muito devastado com o que aconteceu. Vai mudar completamente o personagem. Há um machucado na alma dele, muito maior do que alguma parte do corpo — afirma Cazarré.
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