Era para ser só mais um momento para acalmar os ânimos, mas a forma como Shirley puxou uma oração em "No limite", em meio a uma conversa sobre diversidade sexual, causou desconforto entre os participantes. O assunto voltou à tona no último episódio, antes dos isolados viverem mais uma disputa.
Ipojucan e Adriano, que acabou eliminado momentos mais tarde, tentaram explicar à professora de Educação Física que seria melhor a equipe adotar um discurso de incentivo neutro em vez de invocar uma religião, mas a brasiliense se sentiu atacada.
"Eu simplesmente orei. Eu tenho as minhas convicções, como eu ouço as de todo mundo. Eu respeito. Cada um defende a sua forma de ser e eu não vou deixar de defender a minha forma de ser. Ninguém vai calar minha boca", disse Shirley.
Sem um rumo adequado para a conversa em grupo, Adriano e Shirley se reuniram em um canto e acabaram solucionando o problema, aparentemente. Filha da participante, Camila Lorena gostou da forma como tudo foi resolvido.
"Ninguém foi ofensivo com ninguém. Acho que todos pontuaram a crença de cada um, mostraram suas realidades, assim como minha mãe mostrou a dela. Cada um tem uma experiência, uma bagagem", comentou.
A filha de Shirley justificou ainda a atitude da mãe de puxar uma oração, enquanto outros participantes falavam sobre diversidade (eles cantavam uma música de Tim Maia e adaptaram o verso "só não vale dançar homem com homem e mulher com mulher").
"O momento da oração foi quando minha mãe percebeu a tribo fragilizada, eles tinham perdido um membro, não queria que afetasse a prova. Foi uma forma de trazer cuidado e carinho, para acalmar os ânimos. Minha mãe é professora, convive com uma gama de pessoas, sempre foi aberta com alunos, pais, colegas de trabalho. Gosta de conversar, conhecer cada um", afirmou.