A novela "Nos tempos do Imperador" esconde curiosidades por trás das câmeras. Folhetim de época escrito por Alessandro Marson e Thereza Falcão, a produção das 18h — que estreia nesta segunda-feira (9/8) — tem sido gravada mediante protocolos sanitários contra a propagação da Covid-19. Nos bastidores da trama, porém, o bom humor prevalece, com brincadeiras durante os ensaios, apelidos criados por Selton Mello para Mariana Ximenes e sessões de canto lírico de Letícia Sabatella, como se vê na lista a seguir.
“Nos tempos do Imperador” é a primeira produção do gênero totalmente inédita desde o início da pandemia, e foi materializada quase que inteiramente sob a ordem do distanciamento social, com atores divididos em camarins individuais e figurantes multiplicados por meio de efeitos especiais e uso de chroma key .
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Os autores Thereza Falcão e Alessandro Marson ressaltam que o grande protagonista de "Nos tempos do Imperador" é o Brasil. Longe de ser um documento histórico, a novela reconstitui ficcionalmente parte da vida de Dom Pedro II (Selton Mello) entre 1856 e 1870, além de lançar luz para personagens invisibilizados, ignorados ou esquecidos pela memória coletiva. "Procuramos realçar os pontos diferenciais de Pedro II como governante: a educação, o apoio à cultura e à ciência, o progresso, o interesse pelo desenvolvimento do país... Há nele a figura de um governante ideal, mas existem contradições que nenhum historiador consegue explicar", explica Thereza Falcão.
"Também fizemos questão de trazer o núcleo negro conquistando sua liberdade. Apresentamos personagens negros empoderados e complexos, mostrando que não havia só negros escravizados naquela época. Havia negros livres, ocupando lugar de destaque, e que conquistaram sua liberdade ou compraram sua alforria, ou que já nasceram livres. E pouco se fala disso.", completa.