Mikael Fox, repórter cinematográfico da Globo, foi demitido nesta sexta-feira (16), por conta de acusações de assédio. Parte da equipe de cobertura esportiva da emissora e no Japão para os Jogos Olímpicos, Fox foi chamado de volta ao Brasil após duas produtoras o acusarem e provarem internamente que foram vítimas de assédio por parte dele.
Com 15 anos de emissora, Mikael teve a demissão confirmada para a Veja Rio, apesar da Globo não comentar o caso especificamente. "Por decisão da Globo, que não foi tomada por nenhum profissional do time que está em Tóquio, o repórter cinematográfico Mikael Fox não faz mais parte do time de Esporte da empresa", disse a emissora em nota.
As produtoras da Globo seguem em Tóquio para a cobertura da Olimpíada, que começa oficialmente na sexta (23). A reportagem do Notícias da TV apurou que o fato ocorreu em uma festa com 12 pessoas, no hotel onde profissionais da Globo cumpriam isolamento para cobrir o evento esportivo.
Os presentes eram funcionários da empresa e comemoravam o aniversário de outro cinegrafista. O encontro poderia ocorrer de acordo com protocolos da Globo. Após a confraternização nos corredores, todos foram para o quarto de uma das pessoas que estavam na festa. Foi nesse momento em que Mikael Fox cometeu o assédio contra as duas mulheres.
No dia seguindo, as produtoras levaram o caso para a chefia em Tóquio. Após confirmação de colegas participantes da festa, o caso foi repassado ao comando do Esporte da Globo, no Brasil, que determinou o retorno de Mikael Fox para o país. O cinegrafista chegou ao Brasil na quinta (15). No dia seguinte, a Globo comunicou sua demissão. Mikael Fox estava na Globo desde 2006 e já fez coberturas de eventos como Jogos Olímpicos e Copa do Mundo.
"Por decisão da Globo, que não foi tomada por nenhum profissional do time que está em Tóquio, o repórter cinematográfico Mikael Fox não faz mais parte do time de Esporte da empresa. Sobre os questionamentos de compliance, a Globo não comenta assuntos de Ouvidoria, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes", diz nota oficial.