Seguindo a proposta da faixa horária que, geralmente, abriga novelas de foco religioso, “Espelho da Vida” não fugiu à regra. Mesclando a história em duas épocas distintas e repleta de mistérios espíritas, a trama demorou para acabar e o tempo em que estava no ar foi confusa.
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Entre idas ao passado e vindas ao presente, a novela " Espelho da Vida ", da Globo , cometeu várias gafes de continuidade, sem contar a narrativa lenta, que manteve os mistérios (que não são poucos) intactos durante os três primeiros meses.
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Extremamente romântica e espiritual, a semântica é até compreendida quando, no estilo Charles Dickens, os personagens do presente começam a aprender com suas vidas passadas, comparando-se e fazendo um convite (quase) frequente à reflexão.
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Com a trama devagar, foi Isabel Goulart, personagem de Alinne Moraes - praticamente uma especialista em interpretar pessoas psicologicamente instáveis -, quem garantiu as cenas menos sonolentas da trama. Por outro lado, também foi ela quem compôs os momentos mais repetitivos da história. Como citou um internauta: “todo dia o mesmo surto”.
Apesar das dificuldades, a trama deu grandes oportunidades para quem participou do elenco, como unir atores experientes, como Rafael Cardoso e João Vicente de Castro, ao lado de inexperientes, como Vitória Strada e Kéfera, noviças no ofício - pelo menos na televisão.
De forma rápida e abrupta, diferente de todo o timing que seguiu, o final da trama se formou a modo que todos os núcleos se reuniram em torno do elenco principal, dando ao telespectador um toque clichê de “felizes para sempre” - com direito a vilã que se arrepende e busca redenção através do amor e da reflexão.
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Mesmo não se consolidando com a melhor audiência na faixa horária, “ Espelho da Vida ” começou como uma trama sonolenta e confusa e terminou como um fenômeno digital. Durante o episódio final, o título da novela ficou no topo de rankings como Google Trends e Trending Topics do Twitter. A atração que substitui a trama na Globo é “Órfãos da Terra”, que estreia nesta terça-feira (02).