A partir de segunda-feira (1º), um dos sucessos do canal Viva , “Viver do Riso” ganha uma nova versão para a Globo . Reeditado e com novas imagens, a série documental da atriz Ingrid Guimarães, passa a ser exibida depois do “Jornal da Globo”.

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Ingrid Guimarães apresenta
Globo/ Paulo Belote
Ingrid Guimarães apresenta "Viver do Riso"


A nova programação da Rede Globo tem mais programas voltados para o humor. Em 2019, a emissora decidiu apostar mais no humor e até levou um novo quadro para o “Fantástico”, o Isso a Globo Não Mostra. A série de Ingrid Guimarães chega para completar o time de humor do canal.

O programa da atriz foi reeditado e com novas imagens do arquivo. Em cinco episódios a série mostra como é a participação da mulher no humor, como elas discutem os limites do gênero, relembram duplas mais marcantes e homenageiam Chico Anysio.

“Eu tenho 25 anos de carreira e, sem dúvida, ‘Viver do Riso’ é um dos meus projetos mais importantes. Fiquei dedicada a ele durante um ano inteiro, entrevistei 90 pessoas, foi uma experiência pessoal transformadora. Quero que seja um registro histórico e daqui 50 anos, mesmo que eu não esteja mais aqui, meus netos vejam como o humor foi importante para esse país”, declarou Ingrid.

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Assim como o programa de Tatá Werneck, “Lady Night” do Multishow que faz parte do Globosat, a série “Viver do Riso” foi transmitida em 2018 no Viva e agora faz companhia ao “Lady Night” e começa a ser transmitido na TV aberta. Serão cinco episódios, de 1 a 5 de abril, e o primeiro será uma homenagem a Chico Anysio.

A Rede Globo tem pensado em aumentar sua audiência colocando na programação produções que foram sucesso em canais fechados do grupo. Outro elemento dos programas de humor da emissora, é o fim do “Tá No Ar” e uma nova era do “Zorra” que começa no dia 13 de abril.

A principal vontade de Ingrid ao produzir a série, é que fique registrado durante anos em diversas plataformas. “Somos um país sem memória e não apenas no que diz respeito ao humor. Quero que esse registro fique em várias plataformas para que, daqui a 10 anos, se a minha filha precisar pesquisar sobre humor para um trabalho da faculdade, encontre esse material como facilidade”, declara.

Quando questionada sobre como o projeto nasceu, a humorista falou que foi sobre como a sociedade enxerga a comédia como “o primo pobre da arte”. “É um projeto absolutamente pessoal, que veio de uma questão minha de, aos 45 anos e já tendo feito de tudo, refletir sobre como vou envelhecer nessa profissão”, afirma.

“Viver do Riso” mostra mais o lado da mulher no humor e a própria Ingrid confirmou que o episódio das mulheres no gênero é o seu preferido. “ou atriz de uma geração de transição. Passei pela fase em que a mulher comediante ainda era coadjuvante, época em que os programas de comédia eram feitos só por homens”, contou.

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Ingrid Guimarães se destaca na série documental
Divulgação
Ingrid Guimarães se destaca na série documental


“Não tínhamos referências de mulheres no humor. Como isso sempre me incomodou, fiz a minha própria história. Criei o ‘Cócegas’ com a Heloisa Perissé, uma peça super contemporânea;  fiz o ‘De Pernas pro Ar’, um dos primeiros filmes em que a mulher comediante era a protagonista e fala de prazer e sexo;  participei e estava presente em várias mudanças no humor”, completou.

Além de produzir e entrevistar outras pessoas, Ingrid também dá seu depoimento na série e confessou que isso não estava nos planos. “No meio do projeto, a diretora Tatiana Issa me disse que ia mudar tudo: ‘Você vai dar o seu depoimento também’. Eu falei que não ia, que era coisa ego trip”, explicou que tentou contrariar sua diretora.

“Mas ela disse que eu tinha muita propriedade sobre o assunto, foi na minha casa, colocou uma luz bem baixa na minha sala, conversamos durante quatro horas e ela gravou tudo”, concluiu. Durante seu depoimento, Ingrid ainda falou que foi ali que ela percebeu que já tem 25 anos no humor e conseguiu enxergar toda sua trajetória.

Ingrid Guimarães ainda explicou que a intenção não era fazer um programa sobre ela, e por isso a resistência em dar seu depoimento. “Não queria que fosse um programa sobre mim, mas que eu fosse um canal para homenagear as pessoas. Quando comecei a falar, fiquei muito emocionada”, finalizou.

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