“O Sétimo Guardião” caminha para seu quinto mês no ar e, se nada mudar, deve terminar como um fracasso da Globo. Aguinaldo Silva, responsável por um dos maiores sucessos da década, “Império”, não conseguiu conquistar ao retornar ao realismo mágico, e a trama não embalou junto ao público.

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"O Sétimo Guardião"

Sem contar o bastidor muito mais interessante do folhetim das 21h, cheio de fofocas e problemas , o que se vê na tela é uma novela com personagens demais, tramas de menos e mais do mesmo. Por isso, destacamos cinco motivos que mostram porque “ O Sétimo Guardião ” vai mal:

  • Protagonistas sem química
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"O Sétimo Guardião"

Marina Ruy Barbosa e Bruno Gagliasso podem formar uma boa dupla fazendo comercial de carros, mas o mesmo não aconteceu como par romântico. Seja pelo fato de Bruno ter sua relação pessoal tão divulgada, seja porque os dois são mal dirigidos ou o que for, o casal não conseguiu traduzir o romance das páginas para as telas.

  • História “mágica” sem magia nenhuma
Reprodução / TV Globo
"O Sétimo Guardião"

Tem uma fonte rejuvenescedora e um gato que vira homem. Mas o mistério, e até o terror que eles usaram logo no comecinho ficaram para trás. Agora, Aguinaldo Silva se perde em uma trama de ganância que, substituindo a água mágica por pedras preciosas, poderia muito bem ser a narrativa de “Império”.

A magia não se concretiza no decorrer da novela, se tornando uma caricatura de si mesmo, sem apresentar nada que a justifique.

  • Núcleo cômico sem graça
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"O Sétimo Guardião"

Toda novela tem um núcleo cômico e esse fica por conta do bordel de Ondina (Ana Beatriz Nogueira). Um personagem com sexualidade “duvidosa”, sexo selvagem e piadinhas de duplo sentido sobram, mas em nenhum momento as cenas têm graça.

Nem Elizabeth Savalla, destaque em papeis cômicos, está convencendo com sua beata Mirtes, que só é chata mesmo. Letícia Spiller e seu sotaque caipira é uma das poucas que traz um toque de leveza e um tanto de diversão, mesmo que desconectado com o resto do elenco.

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  • Vilões mala
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"O Sétimo Guardião"

Valentina (Lilia Cabral) é maldosa e interesseira, mas gera zero empatia. Prefere ver o filho morto do que vivendo em Serro Azul, faz o que pode para atacar Olavo (Tony Ramos) e trata mal a irmã Marilda (Spiller). É impossível sentir qualquer fio de empatia por ela, que se trona aquelas vilãs que ninguém vê a hora de ter seu final infeliz.

Mas, seu inimigo Olavo também é péssimo. Ele manda e desmanda, mas não tem motivação nenhuma. Ele não gosta de Valentina, mas mora com ela, fica insistindo para a filha se vingar de Gabriel (Bruno Gagliasso), que a deixou no altar, e ainda tem um caso sem sentido com Lourdes Maria (Bruna Lizmeyer) antes de abandona-la sozinha em São Paulo.

Nada sobre Olavo faz sentido e quem decidiu colocar Tony Ramos como vilão tomou uma péssima decisão.

  • Personagens mal aproveitados
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"O Sétimo Guardião"

Qual a sua cena favorita de Fabim (Marcelo Mello Jr.)? E Raimunda (Julia Konrad)? Que tal Clotilde (Adriana Lessa)? Os três personagens estão numa longa lista de pessoas que não fazem nada na história. A eles se somam muitos outros coadjuvantes que chegaram a ter um vislumbre de narrativa, mas que não continuou.

Os filhos de Afrodite (Carolina Dieckmann) e Nicolau (Marcelo Serrado), João Inácio (Paulo Vilhena) e o radialista Patrício Nasser (Lucci Ferreira) também entram nesse grupo de personagens que não acrescentam nada para a história. Isso sem contar os ótimos talentos desperdiçados, como Carol Duarte, Vanessa Giácomo e Isabela Garcia.

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“O Sétimo Guardião” conta com muitos nomes de peso, mas parece saber usar pouquíssimos. Sofrendo do mal de “A Lei do Amor”, Aguinaldo não sabe dosar as histórias e deixa as muitas tramas paralelas adormecidas.

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