Chegou ao fim neste domingo (2) a temporada do "Choque de Cultura" na TV. O programa com os maiores nomes do transporte alternativo, um fenômeno do Youtube, estreou na Globo
em 30 de setembro e pegou todo mundo de surpresa. Foram 10 programas exibidos depois da "Temperatura Máxima" até este domingo (2), que encerrou a temporada com a análise do filme "Círculo de Fogo" (2013), de Guillermo del Toro.
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Não há informações oficiais se Rogerinho do Ingá (Caito Mainier), Maurílio dos Anjos (Raul Chequer), Julinho da Van (Leandro Ramos) e Renan (Daniel Furlan) divulgarão novos vídeos na internet no futuro próximo, nem mesmo se o "Choque de Cultura" continuará na TV.
De todo modo, a experiência na Globo deixa um saldo para lá de positivo. O grupo de humor precisou fazer concessões, mas se adaptou muitíssimo bem à TV e a uma pauta mais específica, os filmes exibidos na "Temperatura Máxima", os quais não tinham nenhuma ascendência. "Vamos torcer para o pessoal da 'Temperatura Máxima' separar uns filmes melhores pra gente", reclamou o apresentador Rogerinho do Ingá no quadro sobre o filme "Tomorrowland", com George Clooney.
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A ideia de disponibilizar uma versão estendida na internet logo depois da exibição na TV também foi acertada. Dessa forma, o público raiz da trupe se viu prestigiado e o quadro teve sua fluidez preservada.
No entanto, houve reveses. A necessidade de brincar de forma mais assertiva com a programação e as personalidades da TV nem sempre rendeu boas piadas e o grupo pareceu mais disposto a fazer comentários de matiz política, o que também nem sempre foi muito funcional para a TV e o tipo de humor praticado pela trupe. De toda forma, a experiência de inserir um anedotário mais politizado nas esquetes é bem-vinda e não deve ser descartada em futuras temporadas, mas sim aprimorada.
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A chegada do "Choque de Cultura" à Globo faz parte do esforço da emissora de valorizar o conteúdo multitela e aprimorar sua experiência com a chamada segunda tela - expressão que dá conta do consumidor de TV que interage nas redes sociais com e sobre o conteúdo que assiste ou assistiu - e, ainda, de oxigenar sua produção de humor. Sob esse prisma, a experiência foi produtiva e vitoriosa para todos os envolvidos.