Dona de um currículo extenso e bem pomposo, Adriane Galisteu já atuou em peças de teatro, fez pequenas participações em produções seriadas e comandou inúmeros programas de televisão, inclusive, na MTV - no tempo em que a emissora fazia parte dos canais abertos.
Leia também: Adriane Galisteu fala sobre sexo: "Tem homem que fala que você é piranha"
Conhecida dos telespectadores, Adriane Galisteu já passou por grandes emissoras como apresentadora, sempre deixando evidente seu potencial para atrair anunciantes. Agora na Globo , ela ganha sua chance para mostrar seu potencial como atriz. E está conseguindo!
Leia também: Adriane Galisteu sensualiza de topless durante férias na Grécia
No ar em “O Tempo Não Para” , Galisteu está dando vida a Zelda, uma estilista da alta sociedade, que está vendo seus empreendimentos declinarem. Apesar de não ter um papel tão grande na trama, com dedicação, empenho e vilania, ela está roubando a cena.
Boa atuação
Zelda é o primeiro papel de relevância de Galisteu. Agora, menos tímida na trama de Mário Teixeira, ela vem mostrando as garras, mas sem desvencilhar-se de seu norte primário.
Desde sua primeira cena, até o momento atual, a personagem se mantém constante a seu objetivo - salvar sua empresa da falência, a todo e qualquer custo - o que é ótimo. A determinação da personagem é tanta que abre uma margem que permite que ela navegue e se conecte com mais núcleos do folhetim fictício - como podemos notar quando Zelda tentou quitar sua dívida com o Barão, terrível agiota da trama.
Você viu?
Além disso, é de fácil percepção que a personagem é bem trabalhada e incorporada pela apresentadora e agora mais do que nunca, atriz. Galisteu ainda adicionou cacos à personagem, a tornando mais humana, menos robótica e mais favorável à identificação.
O bom uso dos termos atuais
Destemida, Zelda é a verdadeira personificação da femme fatale, da mulher do século XXI. Ela trabalha, se sustenta, cuida da beleza e não depende de ninguém para sua sobrevivência. Empenhada em salvar sua marca de roupas, a La Rock, ela com frequência abusa de termos e gírias atuais como “poc”, “bi”, “não faz a sonsa”, entre outras, em suas relações pessoais e profissionais.
Sua cena mais comentada em "O Tempo Não Para", por exemplo, é quando Marocas (Juliana Paiva) passa por um banho de loja e Galisteu chama o assistente Igor (Léo Bahia) de "Poc" (gíria gay usada designar qualquer homossexual). Resultado? A atriz ganhou notoriedade na web e destacou a ótima dobradinha que está fazendo com Bahia, dando espaço a ele na trama.
Adriana Galisteu e a crítica social
O momento de grande pressão envolvendo a contratação de imigrantes ilegais no ateliê da estilista é, ainda, um bom ponto a ser explorado na história de Mário Teixeira. Levando em relação o público que a novela é capaz de atingir, essa é a chance de discutir um problema real da indústria fashion dentro de um universo televisivo.
Inicialmente taxada apenas amiga de Betina, interpretada por Cleo, Zelda realmente era uma personagem que não exigiria muito da atriz, porém, com muita desenvoltura e vilania - levando em relação que ela é a principal informante do fofoqueiro do folhetim - ela destaca no meio dos personagens e ainda consegue garantir algo não esperado, um pouco de comédia.
O futuro de Zelda na trama
Leia também: Adriane Galisteu: "Estou aproveitando enquanto o Vittorio não se veste sozinho"
Experiente no ramo televisivo, a personagem de Adriane Galisteu é um verdadeiro trunfo da novela da Rede Globo . Se Zelda vai ganhar mais espaço no folhetim daqui em diante, só Mário Teixeira pode dizer, mas a expectativa é que a resposta seja positiva.