Sophia Abrahão , embora não seja unanimidade no gosto da crítica e do público, conseguiu conquistar seu espaço no “Vídeo Show”. A atriz e cantora, embora menos desenvolta que o companheiro Otaviano Costa, conseguiu se soltar mais na atração ao longo dos últimos anos.
Agora, com a reformulação do programa, porém, ela deixa de ser a novata para virar veterana. E a mudança não caiu nada bem. Com formato estreado na última segunda-feira (16), Abrahão divide a bancada do “ Vídeo Show ” com ex- BBB s de edições diversas.
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Ao seu lado está Fernanda Keulla, vencedora da 13ª edição do reality, e já uma cara conhecida nos bastidores, fazendo pontas nos programas relacionados à “BBB”. Keulla se reveza com Vivian Amorim, que foi vice em 2017, e conta com um grupo devoto de fãs.
Para completar, a nova queridinha Ana Clara, que chegou a final do “BBB 18”, ficou responsável pela interação com os fãs na internet. No começo da semana ela ficava fora do estúdio, mas já na quarta-feira (18) foi realocada para interagir direto com as outras três, o que pode ser o primeiro sinal de preocupação da produção.
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Amadoras
Embora Keulla e Amorim tenham certa afinidade como apresentadoras, elas estão longe da experiência necessária para aguentar um ao vivo de uma hora. A interação com Sophia também não convence e a sensação do expectador é que Abrahão não está nada a vontade com as novas colegas de trabalho.
Ana Clara, que tanto gerou expectativas, está claramente nervosa e tem dificuldade na interação. Apesar da estudante de jornalismo se esforçar, principalmente nas entrevistas on-line, falta um “jogo de cintura” que a deixa engessada, apenas lendo tuítes enviados pelo público.
Tecnologia contra e quadro fraco
As entrevistas, aliás, tem sido um problema. Ao longo da semana elas conversaram com Felipe Simas por telefone e com Gabriela Duarte por vídeochat, para citar alguns exemplos. Nenhuma delas foi particularmente proveitosa e, unindo os problemas de conexão com o desconforto das apresentadoras, resultaram em conversas rasas e sem nenhum apelo.
Por falar em apelo, a produção pegou pesado com o novo quadro “Gente que Vê a Gente”. A ideia é mostrar personagens que são fãs da programação da emissora e tem alguma história interessante de superação para contar. Parece algo saído da mente de Luciano Huck e seria mais adequado apresentado por ele aos sábados.
No “Vídeo Show”, no meio da tarde, fica apelativo e cansativo, considerando que é longo e chega a ocupar dois blocos. O objetivo do programa sempre foi mostrar os bastidores da Globo e, principalmente, dos talentos da emissora.
Além disso, alguns quadros que estavam engavetados para a semana de estreia não caíram bem. A produção, por exemplo, acompanhou a gravação do novo videoclipe do Nego do Borel, para a faixa Me Solta. O problema é que o mesmo vídeo foi lançado uma semana antes e sofreu duras críticas de que o cantor se aproveitou da causa LGBT para se promover. Sem nem citar as críticas, a matéria foi apresentada normalmente.
Seguidores
Um dos trunfos de Sophia para o programa era sua forte presença on-line. Com cerca de 4 milhões de seguidores no Instagram, ela garantia um público mais jovem e conectado para a atração. Agora superada por Ana Clara, que soma 7 milhões na mesma rede, ela precisa mostrar por que ainda é necessária.
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O “ Vídeo Show ” já não tem a relevância de outras épocas e com a forte concorrência das outras emissoras, que investem nas fofocas das celebridades globais, o programa parece mais irrelevante do que nunca. A não ser que uma mudança extraordinária ocorra, o programa deve continuar perdendo audiência, como faz hoje, constantemente sendo superado pela Record.